Alexandre Ferreira Cabral Pais do Amaral

Alexandre Cabral.

Alexandre Ferreira Cabral Pais do Amaral Teixeira Homem de Barbosa (Casa de Agrelos, Santa Cruz do Douro, Baião, 26 de fevereiro de 1859 — Viana do Castelo, 7 de Agosto de 1919), mais conhecido por Alexandre Cabral, bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra e grande proprietário rural no Douro, foi um político dos últimos tempos da Monarquia Constitucional Portuguesa que, entre outras funções de relevo, foi deputado, par do reino, reitor da Universidade de Coimbra e Ministro do Reino no 58.º governo da Monarquia Constitucional, presidido por Sebastião Teles, em funções entre 11 de Abril e 14 de Maio de 1909.[1][2]

Biografia

Nasceu na Casa de Agrelos, freguesia de Santa Cruz do Douro, filho de António Ferreira Cabral Pais do Amaral, fidalgo cavaleiro da Casa Real, e de sua esposa, a poetisa Maria Cândida Pereira de Vasconcelos de Sousa e Meneses.[3] A família pertencia à melhor aristocracia duriense, sendo o pai senhor das Casas de Agrelos, Penaventosa, Outeiro, Paredes e Caldeiroa e da Torre de Campelo.[2] Foi irmão do conselheiro António Ferreira Cabral Pais do Amaral, que foi Ministro das Obras Públicas (1905 a 1906) e Ministro da Marinha e Ultramar (1908 a 1909).

A 12 de Outubro de 1876 matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, formando-se bacharel em Direito a 3 de junho de 1880.

Reconhecido como fidalgo cavaleiro da Casa Real, herdou de seu pai as casas de Penaventosa e Outeiro e da Torre de Campelo, e recebeu de seu tio Joaquim Ferreira Cabral a Casa de Sequeiros, o que o transformou em grande proprietário rural.

Aderiu ao Partido Progressista, que passou a liderar no Concelho de Baião, foi presidente da Câmara Municipal de Baião em 1887 e entre 1893-1897.[2] Foi governador civil do Distrito de Vila Real e depois do Distrito de Braga (1897).

Foi repetidamente eleito deputado, tendo estado presente no Parlamento nas legislaturas de 1890 (sessão única), 1897-1899, 1900 (sessão única), 1902-1904 e 1904 (sessão única).[2]

Foi elevado a par do reino por carta régia de 4de abril de 1905, prestando juramento na Câmara dos Pares em 6 de Maio de 1905.

Foi Conselheiro de Estado, Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Reino (1909).

Foi agraciado com o grau de comendador e com a grã-cruz da Ordem de Cristo (1909) e da Ordem de Isabel a Católica e com a medalha da Ordem do Mérito Militar de Espanha.

Foi reitor da Universidade de Coimbra (1908-1910), sendo demitido com a implantação da República Portuguesa, retirando-se da vida pública após essa data.

Dedicou-se à investigação genealógica, deixando numerosos trabalhos manuscritos.

Obras publicadas

Deixou numerosos trabalhos manuscritos, na sua maioria sobre genealogia. É autor das seguintes obras:

  • O General visconde de Leiria. Retalhos de história contemporânea, 1920;
  • Cartas da aldeia;
  • Alexandre Cabral. Memórias Políticas. Homens e Factos do meu Tempo, 1923.

Referências

  1. Politipédia: Cabral, Alexandre.
  2. a b c d Alexandre Ferreira Cabral Arquivado em 19 de agosto de 2016, no Wayback Machine..
  3. Autora, entre outras, da obra Vozes d’Alma (Lisboa, 1913). Nasceu em Marco de Canaveses (Várzea da Ovelha e Aliviada, Casa do Cabo), a 3 de julho de 1833 e faleceu na Casa de Agrelos, a 23 de Novembro de 1896.
  • v
  • d
  • e
Presidente do Conselho
de Ministros
Sebastião Teles, 50.º chefe de governo de Portugal
Ministros e
Secretários de Estado
Reino
Alexandre Cabral
Negócios Eclesiásticos
e de Justiça
Fazenda
Guerra
Marinha e Ultramar
Negócios Estrangeiros
Obras Públicas, Comércio
e Indústria
← 57.º governo (1908–1909) • 59.º governo (1909) →
  • v
  • d
  • e

Luís Mouzinho de Albuquerque António César de Vasconcelos Correia (interino) José António Ferreira Brak-Lamy José Dionísio da Serra Marquês de Palmela (interino) Luís Mouzinho de Albuquerque (interino) Marquês de Palmela (interino; continuação) Luís Mouzinho de Albuquerque (2.ª vez) Bernardo de Sá Nogueira Cândido José Xavier Joaquim António de Aguiar Bento Pereira do Carmo Francisco de São Luís Saraiva Agostinho José Freire João de Sousa Pinto de Magalhães Rodrigo da Fonseca Visconde de Sá da Bandeira (interino) Luís Mouzinho de Albuquerque (3.ª vez) Agostinho José Freire (2.ª vez) Passos Manuel Visconde do Banho (não empossado) Passos Manuel (reconduzido) António Dias de Oliveira Júlio Gomes da Silva Sanches João de Oliveira António Fernandes Coelho • Júlio Gomes da Silva Sanches (2.ª vez) Rodrigo da Fonseca (2.ª vez) Joaquim António de Aguiar (2.ª vez) Joaquim António de Magalhães Junta Provisória de Governo Luís Mouzinho de Albuquerque (4.ª vez) Conde de Tomar Duque da Terceira (interino) Conde de Tomar (continuação) José Bernardo da Silva Cabral (interino) Conde de Tomar (continuação) Duque de Palmela (2.ª vez) Luís Mouzinho de Albuquerque (5.ª vez) Duque de Palmela (3.ª vez) Visconde de Oliveira Francisco Tavares de Almeida Proença António de Azevedo Melo e Carvalho Bernardo Gorjão Henriques Duque de Saldanha José Marcelino de Sá Vargas (interino) Duque de Saldanha (continuação) Conde de Tomar (2.ª vez) Félix Pereira de Magalhães (interino) Conde de Tomar (2.ª vez; continuação) Félix Pereira de Magalhães (interino) Barão da Luz (interino) Duque de Saldanha (2.ª vez) José Ferreira Pestana Rodrigo da Fonseca (3.ª vez) Marquês de Loulé (interino) Júlio Gomes da Silva Sanches (3.ª vez) Marquês de Loulé António Maria de Fontes Pereira de Melo Marquês de Loulé (2.ª vez) Anselmo José Braamcamp (interino) Marquês de Loulé (3.ª vez) Marquês de Sabugosa Júlio Gomes da Silva Sanches (4.ª vez) Joaquim António de Aguiar (3.ª vez) João Martens Ferrão Conde de Ávila (interino) António Alves Martins Duque de Loulé (4.ª vez) Duque de Saldanha (3.ª vez; interino) António Rodrigues Sampaio José Dias Ferreira (inicialmente interino) António Alves Martins (2.ª vez) Carlos Bento da Silva (interino) António Alves Martins (2.ª vez; continuação) Marquês de Ávila (2.ª vez; inicialmente interino) António Rodrigues Sampaio (2.ª vez) António Maria de Fontes Pereira de Melo (interino) António Rodrigues Sampaio (2.ª vez; continuação) António Maria de Fontes Pereira de Melo (interino) António Rodrigues Sampaio (2.ª vez; continuação) António Maria de Fontes Pereira de Melo (interino) António Rodrigues Sampaio (2.ª vez; continuação) Marquês de Ávila (3.ª vez) António Rodrigues Sampaio (3.ª vez) António Maria de Fontes Pereira de Melo (interino) António Rodrigues Sampaio (3.ª vez; continuação) António Maria de Fontes Pereira de Melo (interino) António Rodrigues Sampaio (3.ª vez; continuação) José Luciano de Castro António Rodrigues Sampaio (4.ª vez) Tomás Ribeiro António Serpa (interino) Tomás Ribeiro (continuação) António Serpa (interino) Tomás Ribeiro (continuação) Augusto César Barjona de Freitas José Luciano de Castro (2.ª vez) António Serpa António Cândido Lopo Vaz de Sampaio e Melo Mariano de Carvalho (interino) Lopo Vaz de Sampaio e Melo (continuação) José Dias Ferreira (2.ª vez; interino) António Teles de Vasconcelos (interino) José Dias Ferreira (2.ª vez; continuação; interino) João Franco José Luciano de Castro (3.ª vez) Ernesto Hintze Ribeiro Luís Augusto Pimentel Pinto (interino) Ernesto Hintze Ribeiro (continuação) António Augusto Pereira de Miranda Eduardo José Coelho Ernesto Hintze Ribeiro (2.ª vez) João Franco (2.ª vez) Francisco Ferreira do Amaral Artur de Campos Henriques Alexandre Cabral • Venceslau de Lima Francisco Felisberto Dias Costa António Teixeira de Sousa

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