Aplicativos COVID-19

Um esquema de rastreamento de contato do COVID-19 baseado em um aplicativo

Um COVID-19-App é um aplicativo de software móvel projetado para auxiliar na detecção de contatos na Pandemia de COVID-19 através de um processo de identificação de indivíduos que podem estar em contato ou esteve com uma pessoa infectada.

Os aplicativos visam conter a propagação do coronavírus. Inúmeras aplicações foram desenvolvidas ou propostas para esse fim, com apoio oficial do governo em algumas áreas e jurisdições. Os sistemas baseados no rastreamento da localização geográfica dos usuários de aplicativos levantaram preocupações com a privacidade. As alternativas incluem o uso de sinais bluetooth e pacotes de dados criptografados para registrar a proximidade do usuário com outros celulares. Em 10 de abril de 2020, o Google e a Apple anunciaram em conjunto que integrariam a funcionalidade para oferecer suporte a aplicativos Bluetooth diretamente em seus sistemas operacionais Android e iOS.[1]

Exemplos

Índia

O aplicativo indiano Aarogya Setu é o que mais foi baixado: tinha 127 milhões de downloads até o fim de julho. Mesmo assim, só atingiu 9% da população da Índia. Dessa forma, a chance de um possível infectado ser notificado sobre a contaminação é menor que 1%. O país é o 3º em número de casos e o 5º em mortes. Outras críticas incluem o fato de o aplicativo coletar mais dados que o necessário e os compartilhar com o governo.[2]

Alemanha

Já a tecnologia da Alemanha, o Corona-Warn-App, apesar das preocupações iniciais com a privacidade e a segurança dos dados, até o dia 1 de julho de 2020 foi baixado por mais de 14 milhões de pessoas, o aplicativo tem o 2º maior número de downloads e chegou a atingir 19,8% dos habitantes.[2] Os especialistas acreditam que o tempo economizado usando o aplicativo pode ser crítico para melhorar os esforços de rastreamento de contatos e a eficácia.[3]

O uso do aplicativo é voluntário e o governo diz que ele está em conformidade com as rigorosas leis de privacidade da Alemanha. Ele funciona utilizando o Bluetooth para trocar códigos com usuários de aplicativos que ficam a 1,5 metros um do outro por um período de pelo menos 10 minutos. Qualquer pessoa que seja positiva para COVID-19 pode compartilhar essas informações voluntariamente com o aplicativo. Outros usuários do aplicativo são notificados sobre quando, quanto tempo e a que distância eles tiveram contato com a pessoa infectada dentro de um período de 14 dias. O teste está disponível para usuários de forma voluntária. Os empregadores podem exigir que o Corona-Warn seja instalado nos telefones da empresa, mas não podem obrigar seu uso em telefones particulares.[4]

Brasil

O aplicativo ConecteSUS alcançou cerca de 4,7% da população brasileira. Além do rastreamento, uma funcionalidade implantada recentemente, é possível verificar sintomas e ajudar o usuário a identificar casos suspeitos e onde procurar ajuda médica. No entanto, houve críticas quanto a isso. Falhas no design, que poderiam dificultar o uso, e falta de dados atualizados também foram identificadas por usuários.[2]

Outro aplicativo brasileiro é o Guardiões da Saúde, que surgiu para o monitoramento do Distrito Federal, mas pode ser utilizado em outros Estados e países. Brant sugere que esse aplicativo é um exemplo a ser usado dentro de instituições, como é o caso da UnB. Seria uma espécie de “vigilância institucional”, na qual haveria o monitoramento de casos e de contaminações dentro do espaço de trabalho e estudo.[2]

Referências

  1. / apple-google-bluetooth-contato-rastreamento-covid-19 / Como a Apple e o Google estão ativando o rastreamento de contato Covid-19, wired.com, 10 de abril de 2020 (acessado em 18 de abril de 2020)
  2. a b c d «Conheça os aplicativos de rastreamento da covid-19 usados pelos países». Poder360. 10 de agosto de 2020. Consultado em 19 de junho de 2021 
  3. «Germany appeals to nation to download coronavirus app». the Guardian (em inglês). 16 de junho de 2020. Consultado em 19 de junho de 2021 
  4. «COVID-19 Germany: The New Corona-Warn-App – What Employers Need to Know». JD Supra 
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