Autoexpressão

Os valores de autoexpressão fazem parte de uma dimensão de valor central no processo de modernização.[1] A autoexpressão é um conjunto de valores que incluem tolerância social, satisfação com a vida, expressão pública e aspiração à liberdade. Ronald Inglehart, o professor da Universidade de Michigan que desenvolveu a teoria do pós-materialismo, trabalhou extensivamente com este conceito. No mapa cultural de Inglehart-Welzel, os valores de autoexpressão são contrastados com os valores de sobrevivência, ilustrando as mudanças de valores entre países e gerações.[2] A ideia de que o mundo está se movendo em direção a valores de autoexpressão foi discutida longamente em um artigo no The Economist.[3]

Valores de autoexpressão e democracia

A industrialização pode levar ao fascismo, ao comunismo, à teocracia ou à democracia. Mas a sociedade pós-industrial traz mudanças socioculturais que tornam cada vez mais provável uma democracia verdadeiramente efetiva.

As sociedades do conhecimento não podem funcionar efetivamente sem trabalhadores altamente qualificados, que se tornam articulados e acostumados a pensar por si mesmos. Além disso, os níveis crescentes de segurança econômica trazem uma ênfase crescente nos valores de autoexpressão que dão alta prioridade à livre escolha. O público de massa torna-se cada vez mais propenso a querer a democracia e cada vez mais eficaz em obtê-la. Reprimir demandas de massa por liberalização torna-se cada vez mais custoso e prejudicial à eficácia econômica. Essas mudanças vinculam o desenvolvimento econômico à democracia.[4]

Referências

  1. Inglehart, Ronald (1997). Modernization and Postmodernization: Cultural, Economic, and Political Change in 43 Societies. Princeton, New Jersey: Princeton University Press 
  2. «World Values Survey» 
  3. The Economist, American Values: Living with a superpower January 4, 2003
  4. Inglehart, Ronald; Welzel, Christian (2010), «Changing Mass Priorities: The Link between Modernization and Democracy», Perspectives on Politics, 8 (2): 551–567, doi:10.1017/S1537592710001258 .
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