Blekinge

 Nota: Para outros significados, veja Blekinge (desambiguação).
Suécia Blekinge

Blecíngia

 
  Província  
Símbolos
Brasão de armas de Blekinge
Brasão de armas
Localização
Região Gotalândia
Condado Blekinge
Características geográficas
Área total 290 863[1] km²
População total (2022) 158 740 hab.

Blekinge (em sueco: Blekinge; PRONÚNCIA) ou Blecíngia[2] é uma pequena província histórica (landskap) do sudeste da Suécia. Ocupa 0,7% da área total do país, e tem uma população de 158 740 habitantes de acordo com o censo de 2022. É limitada ao norte pela Småland, a leste e sul pelo mar Báltico e a oeste pela Escânia. Coincide, em território, com o condado de Blekinge. [3] [4]

Etimologia e uso

O topônimo Blekinge deriva de Blek, um nome dinamarquês antigo à "baía com águas tranquilas" no sudoeste da província. Aparece pela primeira vez num texto inglês antigo do século IX como Blecingêg, e está registrado desde o século XII como Blegunc, Blekung, Bleking e Blekinge.[5][6] Em latim, aparece como Blekingia,[7] Blecingia,[8] Blecongia[9] e Blechingia.[10]

Em textos em português costuma ser usada a forma original Blekinge. [11][12]

História

Blekinge é mencionada pela primeira vez no século IX pelo mercador e explorador Wulfstan de Hedeby. Segundo ele, a região pertencia à esfera de influência dos Suíones. Terá sido cristianizada no século XI, estando então integrada na Arquidiocese de Hamburgo-Bremen. Pertenceu à Dinamarca durante a Idade Média e a Idade Moderna - desde o século XI até o século XVII. Foi anexada na Suécia em 1658 pelo Tratado de Roskilde. Sob o Império Sueco, floresceu e algumas de suas cidades, como Karlskrona e Karlshamn, foram fundadas. Em 1683, foi criado o Condado de Blekinge. [13][14][3]

Geografia

A província coincide com o território do condado homônimo. É limitada ao norte pela Småland, a leste e sul pelo mar Báltico e a oeste pela Escânia.[13][15]

Limites de Blekinge
Småland
Escânia Mar Báltico
Mar Báltico


Do Planalto meridional da Suécia até à costa do mar Báltico, apresenta três zonas sucessivas: a região florestal, com muitas coníferas; a região média, com campos agrícolas e lagos, salpicados de faias e carvalhos; a região costeira, com muitas praias e ilhas. Os rios Morrum, Ronneby e Lyckeby, oriundos da Småland, atravessam estas três zonas longitudinalmente, e desaguam no Báltico.[16][17] Por conta de sua paisagem, é chamada desde o século XVIII como "jardim da Suécia".[18][19] Das várias ilhas de seu arquipélago, se destaca Sturkö. Suas principais cidades são Karlskrona (cidade naval), Karlshamn (porto) e Ronneby (cidade termal).[20][21][22] Tinha uma população de 159 684 habitantes de acordo com o censo de 2018.[23]

Símbolos de Blekinge

[24]


Comunicações

A E22 na proximidade de Ronneby

Blekinge é atravessada pela E22, seguindo a orla costeira da Escânia até à Småland. As estradas nacionais Rv 29, Rv 27 e Rv 28 a cortam paralelamente até chegarem à E22.

Uma linha ferroviária, proveniente de Malmo, acompanha a E22 de Sölvesborg a Karlskrona, onde outra linha inflete para norte em direção a Emmaboda, na Småland.

A 8 quilômetros a norte de Ronneby, na localidade de Kallinge, fica o aeroporto de Ronneby.

Entre os seus portos, têm especial destaque o porto de mercadorias de Karlshamn, e o porto de passageiros de Karlskrona, com ligação a Gdynia na Polónia.[25][26][27]

Património histórico, cultural e turístico

Blekinge é conhecida pelo seu arquipélago costeiro, pela pesca do salmão no rio de Morrum, e pelas suas cidades costeiras.[28]
Dispõe também de vários museus, com destaque para o Museu Naval, o Museu de Blekinge e o Museu do Automóvel, em Karlskrona, e o Museu de Karlshamn na cidade de Karlshamn. [29][30]
Em destaque, estão igualmente a Cidade Naval de Karlskrona (Örlogsstaden Karlskrona), classificada como Património Mundial da UNESCO [13][17][31], assim como a Reserva natural de Eriksberg e o centro pedagógico de ciência Kreativum em Karlshamn, e as termas de Ronneby brunn em Ronneby.[32][33][34] [carece de fontes?]

  • A igreja de Frederico (Fredrikskyrkan) em Karlskrona
    A igreja de Frederico (Fredrikskyrkan) em Karlskrona
  • O centro de Sölvesborg
    O centro de Sölvesborg
  • Um barco típico de Blekinge (Blekingseka)
    Um barco típico de Blekinge (Blekingseka)
  • Paisagem idílica de Blekinge, "o jardim da Suécia" [35]
    Paisagem idílica de Blekinge, "o jardim da Suécia" [35]

Referências

  1. AES 2014, p. 29.
  2. Menini 2020, p. 102.
  3. a b «Blekinge». Bonniers Lexikon. 2. Estocolmo: Bonnier Lexikon. 1993. p. 241-243. ISBN 9163200384 
  4. «Folkmängd i landskapen den 31 december 2022» (em sueco). Instituto Nacional de Estatística da Suécia. Consultado em 3 de abril de 2023 
  5. Wahlberg 2003, p. 39.
  6. Pamp 1988, p. 82.
  7. Vilborg 2009, p. 54.
  8. Degen 1917, p. 129.
  9. Afzelius 1967, p. 439.
  10. Wilde 1731, p. 137.
  11. {{citar web |url=http://scholar.googleusercontent.com/scholar?q=cache:YbFfGF--gPYJ:scholar.google.com/+%22em+Blekinge%22&hl=pt-BR&lr=lang_pt&as_sdt=0,5 |título=Gentrificação em Fernando de Noronha |citacao=Durante pesquisas realizadas com corretores imobiliários em Blekinge foi perguntado como era o mercado imobiliário |publicado=Universidade de Fortaleza |autor=Davi Pinheiro de OliveiraFábio Freitas Schilling Marquesan. |língua=português |acessodata=16 de junho de 2020
  12. Leticia A. Coelho, Matheus Varela Branco e Luis Schlichting. «Aspectos de Diferenciação entre Laboratórios Remotos e Simuladores» (PDF). Instituto Superior de Engenharia do Porto e Instituto Federal de Santa Catarina. Consultado em 22 de agosto de 2023. O laboratório remoto VISIR nasceu de uma proposta de laboratórios remotos no Instituto de Tecnologia de Blekinge na Suécia 
  13. a b c Miranda 2007, p. 101.
  14. Magnusson 2004, p. 202.
  15. Ernby 2001, p. 76.
  16. Dahlberg 2009, p. 23.
  17. a b Bolle 2004, p. 96.
  18. König 2016.
  19. Editores 1998.
  20. Rydstedt 1987, p. 39.
  21. Wedsberg 1995.
  22. Magnusson 2004, p. 203.
  23. SCB 2018.
  24. Marianne R Berlin. «Landskapssymboler i alla landskap» (PDF) (em sueco). Länsstyrelserna. Consultado em 6 de março de 2023 
  25. Magnusson 2005, p. 6.
  26. LSJ 2011, p. 14.
  27. LJ 2016, p. 14.
  28. Åsa Ottosson e Mats Ottosson (2012). «Blekinge». Upplev det bästa i Sverige [Conheça o melhor da Suécia]. Topplistor landskap för landskap (em sueco). Estocolmo: Bonnier Fakta. p. 5. 118; 106 páginas. ISBN 9789174242126  !CS1 manut: Usa parâmetro autores (link)
  29. Ottosson, Mats; Åsa Ottosson (2008). «Karlskrona». Upplev Sverige (Conheça a Suécia). En guide till upplevelser i hela landet (em sueco). Estocolmo: Wahlström Widstrand. p. 44-45. 527 páginas. ISBN 9789146215998  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)
  30. Ottosson, Mats; Åsa Ottosson (2008). «Karlshamn». Upplev Sverige (Conheça a Suécia). En guide till upplevelser i hela landet (em sueco). Estocolmo: Wahlström Widstrand. p. 42. 527 páginas. ISBN 9789146215998  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)
  31. Ottosson 2012, p. 4-7.
  32. Ottosson, Mats; Åsa Ottosson (2008). «Kreativum». Upplev Sverige (Conheça a Suécia). En guide till upplevelser i hela landet (em sueco). Estocolmo: Wahlström Widstrand. p. 43. 527 páginas. ISBN 9789146215998  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)
  33. Åsa Ottosson e Mats Ottosson (2012). «Eriksbergs vilt- och naturpark». Upplev det bästa i Sverige [Conheça o melhor da Suécia]. Topplistor landskap för landskap (em sueco). Estocolmo: Bonnier Fakta. p. 7. 118; 106 páginas. ISBN 9789174242126  !CS1 manut: Usa parâmetro autores (link)
  34. Ottosson, Mats; Åsa Ottosson (2008). «Ronneby». Upplev Sverige (Conheça a Suécia). En guide till upplevelser i hela landet (em sueco). Estocolmo: Wahlström Widstrand. p. 47. 527 páginas. ISBN 9789146215998  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)
  35. «Blekinge». Se Sverige med barnen. en reseguide för hela familjen (em sueco). Svenska turistföreningen. Estocolmo: Bonniers juniorförlag e Svenska turistföreningen. 1985. p. 6. 379 páginas. ISBN 91-48-51041-6 

Bibliografia

  • Afzelius, Adam (1967). Diplomatarium Danicum: række. Tiden til 1250. 7 v. Copenhague: Munskgaard 
  • Bolle, Magnus (2004). «Blekinge». Sveriges landskapssymboler (em sueco). Tollered: Pedagogisk information. 108 páginas. ISBN 9186404296 
  • Dahlberg, Inger (2009). «Blekinge». Se Sverige (em sueco). Estocolmo: Liber. 440 páginas. ISBN 978-91-47-80879-3 
  • Degen, Árpád von (1917). Magyar botanikai lapok: Ungarische botanische Blätter, Volumes 16-23. Budapeste: Pallas Részvénytársaság Nyomdája 
  • Editores (1998). «Blekinge». Britânica Online 
  • Ernby, Birgitta; Gellerstam, Martin; Malmgren, Sven-Göran; Axelsson, Per; Fehrm, Thomas (2001). «Blekinge». Norstedts första svenska ordbok (em sueco). Estocolmo: Norstedts ordbok. p. 767. ISBN 91-7227-186-8  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)
  • «Blekinge». Libers junioratlas. Estocolmo: Liber. 2016. 144 páginas. ISBN 9789147118793 
  • Lidman Production AB; Matton, ed. (2011). «Blekinge». Libers stora junioratlas (em sueco). Estocolmo: Liber. 144 páginas. ISBN 9789147809028 
  • König, Lena (2016). «Därför kallas Blekinge för Sveriges trädgård» (em sueco). Sveriges Radio 
  • Magnusson, Thomas; Sjögren, Peter A. (2004). «Blekinge». Vad varje svensk bör veta (O que todos os suecos devem saber) (em sueco). Estocolmo: Albert Bonniers Förlag e Publisher Produktion AB. 654 páginas. ISBN 91-0-010680-1  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)
  • Magnusson, Lars (2005). «Blekinge». Se Sverige. Vägvisare till 650 smultronställen från Ales stenar till Överkalix (em sueco). Estocolmo: Prisma e Svenska turistföreningen. 288 páginas. ISBN 91-518-4471-0 
  • Menini, Vítor Bianconi (2020). Lapponia: a legitimação do Estado sueco na obra de Johannes Schefferus (1648 – 1673) (PDF). Campinas: Universidade de Campinas 
  • Ottosson, Åsa; Ottosson, Mats (2012). «Det bästa av Blekinge». Upplev det bästa i Sverige (Conheça o melhor da Suécia). Topplistor landskap för landskap (em sueco). Estocolmo: Bonnier Fakta. 118 páginas. ISBN 978-91-7424-212-6  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)
  • Pamp, Bengt (1988). «Namn på länder och landskap». Ortnamnen i Sverige (Nomes de localidades da Suécia) (em sueco). Lunda: Studentlitteratur. 199 páginas. ISBN 91-44-01535-6 
  • «Blekingesjukhuset». 2019 
  • Rydstedt, Bjarne; Andersson, Georg; Bladh, Torsten; Köhler, Per Olof; Thorén, Karl-Gustaf; Larsson, Mona (1987). «Blekinge». Land och liv 1 (em sueco). Estocolmo: Natur och kultur. 216 páginas. ISBN 91-27-62563-X  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)
  • Sporrong, Ulf (2019). «Förromersk järnålder». Enciclopédia Nacional Sueca (em sueco). Gotemburgo: Universidade de Gotemburgo 
  • Vilborg, Ebbe (2009). «Blekinge». Norstedts svensk-latinska ordbok (Dicionário Norstedts de Sueco-Latim). 28.000 ord och fraser (28 000 palavras e frases) (em sueco). Estocolmo: Academia Norstedts akademiska. 660 páginas. ISBN 9789172275720 
  • Wahlberg, Mats (2003). «Örebro». Svenskt ortnamnslexikon (Dicionário das localidades suecas) (em sueco). Upsália: Språk- och folkminnesinstitutet e Institutionen för nordiska språk vid Uppsala universitet. ISBN 91-7229-020-X 
  • Wedsberg, Malin (1995). Sveriges landskap (Províncias da Suécia) (em sueco). Estocolmo: Almqvist & Wiksell. ISBN 91-21-14445-1 
  • Wilde, Jacob (1731). Sueciae - Historia Pragmatica. Estocolmo: Typis Hiftoriogr 
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Blekinge
  • v
  • d
  • e
Província histórica de Blekinge
Ilhas
Montanhas
Rios
Lagos
Halen
Cidades
Condados
Blekinge
Turismo
Cidade naval de Karlskrona • Museu Naval (Karlskrona)
Estradas
Blekinge (província)
  • v
  • d
  • e
Blekinge