Casamento entre pessoas do mesmo sexo no Uruguai

Reconhecimento legal de
relacionamentos entre o mesmo sexo
Casamento

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· Jersey

Coabitação não registrada

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Vietnã

Ver também
  1. Também pode ser registado em Aruba, Curaçao, e São Martinho
Portal LGBT
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O casamento entre pessoas do mesmo sexo no Uruguai é reconhecido desde a aprovação do projeto de lei chamado de "casamento igual", que recebeu a aprovação final em 10 de abril de 2013. Assim, o Uruguai tornou-se o décimo segundo país do mundo a permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo, e o segundo na América Latina a permitir tal ação, depois que a Argentina o fez, em 2010.

Até 2013, o Código Civil Uruguaio, datado de 1886, afirmava que a instituição do casamento era permitida apenas para um casal de homem e mulher. Os primeiros reconhecimentos de união matrimonial de cônjuges do mesmo sexo, foram registradas a partir de 5 de agosto de 2013.

A primeira cerimônia foi realizada às oito horas, no mesmo dia em que as uniões foram permitidas sob a égide do conceito legal de "casamento in extremis", que ocorre quando as condições de legislação não permitem que o processo normal requer uma espera de cerca de dez dias úteis entre a inscrição e a celebração. O procedimento é então sujeito à validação judicial posterior. O casamento foi oficiado em um hospital em Montevidéu, com a presença de testemunhas e outros parentes dos cônjuges.[1]

Histórico

Apresentação do projeto de lei

Em 25 de maio de 2009, o senador Percovich anunciou que, se a Frente Ampla ganhasse as eleições presidenciais daquele ano, apresentaria um projeto de lei a fim de permitir os casamentos, independentemente da questão sexual.[2][3] Em outubro do mesmo ano, a Frente Ampla ganhou as eleições com maioria absoluta em ambas as casas, e José Mujica, o candidato da Frente Ampla, foi eleito presidente depois de vencer o segundo turno.

Em julho de 2010, a Assembleia Legislativa anunciou a promoção de um projeto de lei para permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo.[4]

Discussão na Câmara dos Representantes

Em 6 de dezembro de 2012, após um ano e meio de discussão, a Comissão de Constituição e Códigos aprovou, com oito votos a favor e um voto contra, o matrimônio igualitário proposto. O projeto foi aprovado também pelos membros da Frente Ampla e do Partido Colorado, exceto Gustavo Borsari, que se opôs ao projeto. O deputado Pablo Iturralde foi o relator do projeto.[5]

Em 12 de dezembro de 2012, a lei recebeu aprovação preliminar no plenário da Câmara dos Deputados por 81 votos a favor, 6 contra e 12 ausências.[6]

Referências

  1. Boda ‘in extremis’ fue el primer matrimonio homosexual en Uruguay (em espanhol)
  2. Ahora uruguay va por el matrimonio gay (em espanhol)
  3. Uruguayan Socialists Prepare “Homosexual Marriage” Legislation (em inglês)
  4. Socialistas quieren debate sobre matrimonio gay - El País(em espanhol)
  5. Un paso más: La Comisión de Constitución y Códigos de la Cámara Baja aprobó el proyecto de Matrimonio Igualitario y éste se votará el martes próximo en Diputados. El diputado nacionalista Pablo Iturralde informó a Montevideo Portal que presentará un nuevo proyecto - Montevideo.com (em espanhol)
  6. Diputados aprobó proyecto de ley de matrimonio igualitario - El País (em espanhol)