Chó do Guri

Maria de Fátima de Morais
Pseudónimo(s) Chó do Guri
Nascimento 24 de janeiro de 1959
Quibala, África Ocidental Portuguesa
Morte 7 de julho de 2017 (58 anos)
Luanda, Angola
Nacionalidade angolana
Ocupação Escritora

Maria de Fátima de Morais, mais conhecida pelo pseudónimo Chó do Guri (Quibala, 24 de janeiro de 1959 — Luanda, 7 de julho de 2017), foi uma poetisa angolana.[1][2]

Biografia

Nascida a 24 de janeiro de 1959 em Quibala, na província angolana de Cuanza Sul no período colonial,[3] era filha de mãe angolana e pai alemão.[4] A sua família mudou-se para Luanda quando ela tinha dois anos de idade, onde residiu no Bairro Operário. Aos quatro anos de idade, foi internada pela sua mãe nas madres da Igreja de São Domingos, porque estava sem condições financeiras para alimentá-la. Chó do Guri interessou-se pela poesia desde jovem e publicou o seu primeiro poema em 1988, no jornal Mural da Associação de Estudantes Angolanos em Portugal.[3] Chó do Guri concluiu os estudos primários e secundários em Luanda, cursou ciências farmacêuticas na Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, e graduou-se em ação social pela Universidade Aberta de Lisboa, em Portugal.[4]

O seu primeiro livro, Vivências, foi publicado em 1996. A sua obra Chiquito da Camuxiba foi publicada em 2006, e venceu o Prémio de Literatura Africana, atribuído pelo Instituto Marquês de Valle Flôr.[5][6] A sua obra, A Filha do Alemão, intitulada inicialmente A Filha do Pecado, foi publicada em 2007,[4] após ser concluída em quase vinte anos. O economista António Fonseca elogiou o romance, tendo escrito que a obra era "um grande subsídio para o estudo da história recente de Angola", que permite compreender de forma mais clara "as novas classes sociais de Angola" e "conhecer a alma e a história recente" do país.[2]

Em 2009, A Filha do Alemão foi traduzida na língua alemã pelo Instituto Goethe. A obra também foi apresentada no programa da abertura do Centro Cultural Alemão em Luanda.[7] Diversas antologias de poemas de Chó do Guri foram publicadas em Angola e no Brasil. Também foi colunista do jornal Folha 8.[8]

Obras

  • Vivências (1996)
  • Bairro Operário - A Minha História (1998)
  • Morfeu (2000)
  • Chiquito da Camuxiba (2006)
  • Na Boca Árida da Kyanda (2006)
  • A Filha do Alemão (2007)[4]
  • Songuito e Katite (2009)
  • O Cambulador (2013)[9]
  • Pulas, Bumbas, Companhia Limitada e muita Cuca (2016)[10]

Referências

  1. «Morreu Chó do Guri a escritora de "Morfeu"». Jornal de Angola. 8 de julho de 2017 
  2. a b Lusa (9 de fevereiro de 2007). «História de uma escritora que nasceu sem apelido por ser filha de branco». Rádio e Televisão de Portugal 
  3. a b «Chó do Guri». União dos Escritores Angolanos. Consultado em 8 de março de 2018 
  4. a b c d «Escritora angolana Chó do Guri lança 5.ª obra literária». ANGOP. 9 de janeiro de 2007 
  5. «Escritora Chó do Guri vence Prémio Palop de Literatura». ANGOP. 2 de julho de 2004 
  6. Mendonça, José Luís (17 de agosto de 2017). «Chó do Guri a filha do alemão que foi Prémio Marquês de Valle Flor». Jornal Cultura 
  7. «Goethe Institut apresenta livro "Filha do Alemão"». ANGOP. 15 de junho de 2009 
  8. «Chó do Guri». Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Universidade de Coimbra. Consultado em 8 de março de 2018 
  9. Cohen, Mário (10 de abril de 2013). «Escritora Chó do Guri lança "O Cambulador"». Jornal de Angola 
  10. «Cultura destaca dedicação de Chó do Guri no mundo das letras em Angola». Televisão Pública de Angola. 9 de julho de 2017 
  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Chó do Guri», especificamente desta versão.
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