Conjunto aberto

Em topologia, um conjunto diz-se aberto se uma pequena variação de um ponto desse conjunto mantém-no no conjunto.

Definição

Espaços topológicos

Ver artigo principal: Espaço topológico

Em topologia, a noção de aberto é primitiva: uma topologia T {\displaystyle T} em um conjunto X {\displaystyle X} é definida como um subconjunto do conjunto das partes de X {\displaystyle X} (satisfazendo determinadas propriedades), e cada elemento de T {\displaystyle T} é chamado de um aberto ou conjunto aberto.

Espaços métricos

Ver artigo principal: Espaço métrico

Em um espaço métrico, um subconjunto é dito aberto se ele for a vizinhança de cada um de seus elementos.[1] Ou seja, dado um espaço métrico S {\displaystyle S\,\!} , um subconjunto X {\displaystyle X\,\!} de S {\displaystyle S\,\!} é aberto se, para cada ponto a X {\displaystyle a\in X} , existe δ > 0 {\displaystyle \delta >0\,\!} tal que a bola aberta B ( a , δ ) {\displaystyle B(a,\delta )\,\!} ainda esteja contida em X {\displaystyle X\,\!} .[1]

Propriedades

  • Em um espaço topológico ou espaço métrico X {\displaystyle X} , o conjunto vazio e o próprio conjunto X {\displaystyle X} são abertos.
  • Um conjunto é aberto se e só se coincidir com o seu interior.
  • Um conjunto é aberto se e só se o seu complementar for fechado.
  • A interseção de dois conjuntos abertos é um conjunto aberto.
  • A união de qualquer quantidade (mesmo infinita) de conjuntos abertos é um conjunto aberto.

Abertos de R {\displaystyle \mathbb {R} }

Como R {\displaystyle \mathbb {R} } (com a topologia usual) é um espaço métrico, um subconjunto X {\displaystyle X\,\!} de R {\displaystyle \mathbb {R} } é aberto se, para cada ponto a R {\displaystyle a\in \mathbb {R} } , existe ϵ {\displaystyle \epsilon \,\!} tal que ( a ϵ , a + ϵ ) X {\displaystyle (a-\epsilon ,a+\epsilon )\subset X} .

Em R {\displaystyle \mathbb {R} } , um subconjunto é aberto se e só for reunião (possivelmente infinita) de intervalos abertos. O próprio conjunto dos números reais é um conjunto aberto.

Referências

  1. a b Ahlfors 1979, p. 51-52

Bibliografia

  • Ahlfors, Lars (1979). Complex Analysis (3ª ed) (em inglês). [S.l.]: McGraw-Hill Book Company 
  • Portal da matemática
Controle de autoridade