Derartu Tulu

Derartu Tulu
campeã olímpica
Informações pessoais
Modalidade Atletismo
Nascimento 21 de março de 1972 (52 anos)
Bejoki, Etiópia
Nacionalidade etíope
Compleição Peso: 44 kg • Altura: 1,55m
Medalhas
Jogos Olímpicos
Ouro Barcelona 1992 10000 metros
Ouro Sydney 2000 10000 metros
Bronze Atenas 2004 10000 metros
Campeonatos Mundiais
Ouro Edmonton 2001 10000 metros
Prata Gotemburgo 1995 10000 metros

Derartu Tulu (Bejoki, 21 de março de 1972) é uma corredora da Etiópia, da linhagem dos campeões olímpicos Abebe Bikila e Mamo Wolde, especializada em longas distâncias em pista, estrada e na maratona.

É uma das maiores fundistas do mundo e bicampeã olímpica dos 10.000 metros nos Jogos Olímpicos de Barcelona em 1992 e em Sydney em 2000.

Tulu é da etnia Oromas e cresceu tocando gado na vila de Bekoji, nas terras altas da província de Arsi, a mesma vila de Kenenisa Bekele, outro corredor etíope de grande fama mundial. Aos 17 anos, entrou para a força policial da Etiópia.[1]

Suas primas Genzebe Dibaba, Ejegayehu Dibaba e Tirunesh Dibaba, também são corredoras de alto nível internacional, e Tirunesh é bicampeã olímpica e tetracampeã mundial nos 10.000 e 5.000 metros, continuando a brilhante história atlética dos Oromas, que começou em 1960 com Abebe Bikila.

Jogos Olímpicos

Tulu foi a primeira etíope[2] e a primeira africana a ganhar uma medalha de ouro olímpica, em Barcelona 92, que lançou sua carreira internacional.[1] Em 1993 e 1994 pouco competiu devido à uma lesão no joelho, mas em 1995 voltou a conquistar o ouro no Campeonato Mundial de Cross-Country, depois de chegar ao local da competição quase na hora da largada. No mesmo ano, ela perdeu para a portuguesa Fernanda Ribeiro no Campeonato Mundial de Atletismo de Gotemburgo, na Suécia, ficando com a prata nos 10000m.

O ano de 1996 foi difícil para Tulu, que perdeu as sapatilhas durante a prova do Mundial de Cross-Country e conseguiu apenas o quarto lugar, a mesma posição nos 10.000m dos Jogos Olímpicos de Atlanta.

Nos dois anos seguintes ela se retirou das competições após ter uma filha, mas retornou em 2000 na melhor forma de sua vida e ganhou novamente a medalha de ouro nos 10.000 de Sydney, a única mulher bicampeã olímpica na curta história dessa prova no feminino.[3] No ano seguinte conseguiu finalmente ser campeã mundial desta prova, conquistando o ouro no Mundial de Atletismo de Edmonton, no Canadá.

No mesmo ano, Tulu fez a transição para os 42 km da maratona e venceu as maratonas de Londres e Tóquio.[3] No Mundial de 2005 ela conseguiria o melhor tempo da carreira na distância, 2h 23m 30s, apesar de chegar em quarto. Em 2009, ainda venceu a Maratona de Nova York, à frente da recordista mundial Paula Radcliffe.

Em 2010, com 38 anos, Tulu ainda compete em alto nível, enquanto suas velhas rivais desapareceram ou deixaram o atletismo. Ela é um ícone do movimento olímpico e muitos lembram-se de sua volta olímpica em Barcelona, de mãos dadas para o alto com a sul-africana branca Elana Meyer, medalha de prata na prova, no ano que a África do Sul voltou a competir nas Olimpíadas, que simbolizava o fim do apartheid sobre a pista.[4]

Reconhecimento

É uma das 100 Mulheres da lista da BBC de 2017.[5]

Referências

  1. a b The Ethiopians:Derartu Tulu
  2. Grandes momentos olímpicos - 12° -Fim de tabus africanos
  3. a b «global athletics». Consultado em 1 de maio de 2010. Arquivado do original em 6 de janeiro de 2010 
  4. Olympic.org
  5. «#100Mulheres: BBC divulga lista anual das mulheres de destaque no mundo: quem são as 9 brasileiras na relação?». BBC News Brasil. Consultado em 17 de dezembro de 2022 

Ligações externas

  • «Derartu Tulu» (em inglês). na IAAF 
  • v
  • d
  • e
Campeãs olímpicas dos 10 000 metros
1988 Olga Bondarenko | 1992 Derartu Tulu | 1996 Fernanda Ribeiro | 2000 Derartu Tulu | 2004 Xing Huina | 2008 Tirunesh Dibaba | 2012 Tirunesh Dibaba | 2016 Almaz Ayana | 2020 Sifan Hassan
  • v
  • d
  • e
Campeãs mundiais dos 10 000 metros
  • v
  • d
  • e
São Silvestre - Vencedoras

1975: Christa Vahlensieck  · 1976: Christa Vahlensieck  · 1977: Loa Olafsson  · 1978: Dana Slater  · 1979: Dana Slater  · 1980: Heidi Hutterer  · 1981: Rosa Mota  · 1982: Rosa Mota  · 1983: Rosa Mota  · 1984: Rosa Mota  · 1985: Rosa Mota  · 1986: Rosa Mota  · 1987: Martha Tenorio  · 1988: Aurora Cunha  · 1989: María Del Carmen Díaz  · 1990: María Del Carmen Díaz  · 1991: María Luisa Servín  · 1992: María Del Carmen Díaz  · 1993: Hellen Kimaiyo  · 1994: Derartu Tulu  · 1995: Carmem Oliveira  · 1996: Roseli Machado  · 1997: Martha Tenorio  · 1998: Olivera Jevtić · 1999: Lydia Cheromei  · 2000: Lydia Cheromei  · 2001: Maria Zeferina Baldaia · 2002: Marizete de Paula Rezende  · 2003: Margaret Okayo  · 2004: Lydia Cheromei · 2005: Olivera Jevtić · 2006: Lucélia Peres · 2007: Alice Timbilil · 2008: Yimer Wude Ayalew · 2009: Paskalia Chepkorir  · 2010: Alice Timbilil · 2011: Priscah Jeptoo · 2012: Maurine Kipchumba  · 2013: Nancy Kipron · 2014: Yimer Wude Ayalew · 2015: Yimer Wude Ayalew · 2016: Jemima Sumgong · 2017: Flomena Cheyech Daniel · 2018: Sandrafelis Chebet · 2019: Brigid Kosgei · 2021: Sandrafelis Chebet · 2022: Catherine Reline

  • v
  • d
  • e
BBC 100 Mulheres de 2017
← 2016 • 2018 →
  • Portal dos Jogos Olímpicos
  • Portal da Etiópia