Domício da Gama

Domício da Gama
Domício da Gama
Nome completo Domício Afonso Forneiro
Nascimento 23 de outubro de 1862
Maricá
Morte 8 de novembro de 1925 (63 anos)
Rio de Janeiro
Nacionalidade brasileiro
Ocupação jornalismo, diplomacia, escritor

Domício da Gama, pseudônimo de Domício Afonso Forneiro, (Maricá, 23 de outubro de 1862 — Rio de Janeiro, 8 de novembro de 1925) foi um jornalista, diplomata e escritor brasileiro.[1]

Biografia

Fez estudos preparatórios no Rio de Janeiro e ingressou na Escola Politécnica, mas não chegou a terminar o curso. Seguiu para o estrangeiro em missões diplomáticas. Sua primeira comissão foi a de secretário do Serviço de Imigração, e o contato, nessa época, com o barão do Rio Branco, valeu-lhe ser nomeado secretário da missão Rio Branco para a questão de limites Brasil-Argentina (1893-1895) e de limites com a Guiana Francesa (1895-1900) e com a Guiana Inglesa (1900-1901).

Foi secretário de Legação na Santa Sé, em 1900 e ministro em Lima, em 1906, onde desenvolveu grande e notável atividade, preparatória da política de Rio Branco, coroada pelo Tratado de Petrópolis. Embaixador em missão especial, em 1910, representou o Brasil no centenário da independência da Argentina e nas festas centenárias do Chile.

Embaixador do Brasil em Washington, de 1911 a 1918, foi o digno sucessor de Joaquim Nabuco, por escolha do próprio barão do Rio Branco. Ao celebrar-se a paz europeia de Versalhes, Domício, como ministro das Relações Exteriores de Delfim Moreira, pretendeu representar o Brasil naquela conferência, propósito que suscitou divergências na imprensa brasileira. Convidado para a mesma embaixada, Rui Barbosa recusou, e o chefe da representação brasileira foi, afinal, Epitácio Pessoa, eleito pouco depois, em seguida à morte de Rodrigues Alves, presidente da República. Domício foi substituído na chancelaria por Azevedo Marques, seguindo como embaixador em Londres, de 1920 a 1925. Foi posto em disponibilidade durante a presidência de Bernardes.

Domício da Gama era colaborador da Gazeta de Notícias ao tempo de Ferreira de Araújo e, ainda no início da carreira, escreveu contos, crônicas e críticas literárias.

Obras

  • Contos a meia-tinta (1891);
  • Históricas curtas (1901);
  • trabalhos diplomáticos.

Academia Brasileira de Letras

É um dos dez acadêmicos eleitos na sessão de 28 de janeiro de 1897, para completar o quadro de fundadores da Academia Brasileira de Letras. Escolheu Raul Pompeia como patrono, ocupando a cadeira 33. Foi recebido na sessão de 1 de julho de 1900, por Lúcio de Mendonça.

Referências

Bibliografia

  • BORGES, Luís Eduardo Ramos. Vida e obra do escritor Domício da Gama: um resgate necessário. Assis: UNESP, 1998. Tese de Doutorado.
  • FERNANDES, Ronaldo Costa. Domício da Gama. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras; São Paulo: Imprensa Oficial, 2011.
  • FRANÇA, Tereza Cristina Nascimento. Self made nation: Domício da Gama e o pragmatismo do bom senso. Brasília: UnB, 2007. Tese de Doutorado.
  • SANDANELLO, Franco Baptista. Domício da Gama e o impressionismo literário no Brasil. São Luís: EdUFMA, 2017.

Ligações externas

  • «Perfil no sítio oficial da Academia Brasileira de Letras» 
  • Self made nation: Domício da Gama e o pragmatismo do bom senso (análise de sua carreira diplomática)
  • Domício da Gama e o impressionismo literário no Brasil (análise de sua obra ficcional)


Precedido por
Raul Pompeia
(patrono)
ABL - fundador da cadeira 33
1897 — 1925
Sucedido por
Fernando Magalhães
Precedido por
Nilo Peçanha
Ministro das Relações Exteriores do Brasil
1918 — 1919
Sucedido por
Augusto Cochrane de Alencar
Precedido por
Ruy Barbosa
Presidente da Academia Brasileira de Letras
1919
Sucedido por
Carlos de Laet


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Cadeiras 1 a 10
1 (Adelino Fontoura)
2 (Álvares de Azevedo)
3 (Artur de Oliveira)
4 (Basílio da Gama)
5 (Bernardo Guimarães)
6 (Casimiro de Abreu)
7 (Castro Alves)
8 (Cláudio Manuel da Costa)
9 (Gonçalves de Magalhães)
10 (Evaristo da Veiga)
Cadeiras 11 a 20
11 (Fagundes Varella)
12 (França Júnior)
13 (Francisco Otaviano)
14 (Franklin Távora)
15 (Gonçalves Dias)
16 (Gregório de Matos)
17 (Hipólito da Costa)
18 (João Francisco Lisboa)
19 (Joaquim Caetano)
20 (Joaquim Manuel de Macedo)
Cadeiras 21 a 30
21 (Joaquim Serra)
22 (José Bonifácio)
23 (José de Alencar)
24 (Júlio Ribeiro)
25 (Junqueira Freire)
26 (Laurindo Rabelo)
27 (Maciel Monteiro)
28 (Manuel Antônio de Almeida)
29 (Martins Pena)
30 (Pardal Mallet)
Cadeiras 31 a 40
31 (Pedro Luís)
32 (Manuel de Araújo Porto-Alegre)
33 (Raul Pompeia)
34 (Sousa Caldas)
35 (Tavares Bastos)
36 (Teófilo Dias)
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38 (Tobias Barreto)
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