Educação na Colômbia

Educação na Colômbia
Educação na Colômbia
Índice de educação 0,875 (86º no mundo)
Alfabetização
Total 92.8

A educação na Colômbia compreende a educação formal e lnformal. A educação formal é composta de educação infantil, escola primária, escola secundária e educação técnica, e educação superior. A gratuita e obrigatória durante a escola primária e metade da escola secundária, com uma duração de 9 anos.

O ente encarregado da coordenação da educação é o Ministério da Educação, que delega às 78 secretarias de educação a gestão e organização das regiões. A educação estatal é geralmente mais econômica que a educação privada. A educação é regulamentada pela lei 115 de 1994, a Lei Geral de Educação. A política pública na educação se define através do plano decimal de educação e pelos planos setoriais de educação nos níveis nacional, departamental, distrital e municipal.

Sistema educacional

O ano escolar pode se estender de fevereiro a novembro ou de agosto a junho, e em muitas escolas públicas as aulas são divididas em turnos da manhã e da tarde, para poder acomodar o grande número de crianças.

Pré-escola

A maioria das crianças com menos de 5 anos podem ficar sob os cuidados da pré-escolas e creches em "Hogares Comunitarios" (casas comunitárias) mantidas pelo "Instituto Colombiano de Bienestar Familiar" (ICBF), onde mães da comunidade tomam conta de suas próprias crianças, e das crianças da vizinhança. Quando as crianças aprendem a ler e escrever, elas normalmeas para a escola primária. Há também uma grande quantidade de jardins de infância privados, mas nezes o alto custo é muito restritivo para a média das famílias.[1].

Os últimos dois anos do pré-escolas se dnominam, normalmente, kinder (crianças de 4 ou 5 anos) e transición (crianças de 5 ou 6 anos). Em muitas instituições, principalmente em todas as privadas, se espera que a crian, anterior ao primeiro ano da educação primária.

Educação primária

A educação primária é gratuita e obrigatória para crianças entre 6 e 12 anos. Tem duração de 5 anos, e provê competências básicas

Anualmente se tem promovido a aprovação com o decreto 230 de 2002, o qual indica que no máximo 5% dos estudantes de uma instituição podem reprovar de ano, e os outros passarão para a próxima série não importando suas novas nas avaliações. O motivo para a "aprovação automática" é que um estudante não deve demorar mais anos do que o pressuposto para terminar seus estudos, porque é custoso para o país, e porque publicamente se indica que a perda de um ano vá contra a autoestima dos estudantes.

O índice de crianças que se matricularam nas escolas primárias (no grupo de idade relacionado) em 2001 foi de 89,5%. Nas áreas rurais, os professores são pouco qualificados, e são oferecidos apenas os cinco anos da escola primária. !

Escola secundária

A educação secundária possui duração de seis anos, e é dividida em educação secundária básica (6ª a 9ª série), e educação média vocacional (10ª e 11ª série), com a primeira sendo obrigatória.

Na educação média vocacional se pretende que o estudante escolha, de acordo com suas habilidades e preferências, a opção na qual deseja aprofundar seus estudos. Em geral poucos colégios oferecem uma oportunidade real para que seus estudantes sigam para o mundo trabalhista com vantagens competitivas sobre os outros estudantes, e normalmente apenas os estudantes que tem recursos econômicos suficientes continuam seus estudos universitários, embora existam empréstimos estatais, como os que oferece o ICETEX, e empréstimos de organizações privadas.

Em muitas escolas privadas existe um ano extra de treinamento vocacional para os estudantes que completam o ensino secundário.

O índice de crianças que se matricularam nas escolas secundárias (no grupo de idade relacionado) em 2001 foi de 53,5%. A expectativa de vida escolar em 2001 era de 11,1 anos.

Acesso ao ensino superior

Para conseguir acessar o educação superior ou educação técnica, os estudantes devem fazer o teste estatal "pruebas de estado" providos pelo "Instituto Colombiano para el Fomento de la Educación Superior" (ICFES).

Educação superior

A educação superior é dividida em diplomas de pré-graduação e pós-graduação e é regulada pela lei 30 de 1992.

A nível de pré-graduação se encontram as carreiras profissionais, normalmente de 5 anos, as licenciaturas, que duram 4 anos, e as carreiras técnicas e tecnológicas que duram uma média de 2 e 3 anos.

A nível de pós-graduação se reconhecem as especializações, os mestrados e os doutorados. Há adicionalmente uma série de diplomados, seminários e outros cursos de educação contínua e educação para o trabalho e desenvolvimento humano que, em poucas semanas ou meses permitem ao profissional conhecer novas técnicas ou manter-se atualizado.

A educação para optar por um título de mestre ou especialização é focada para potenciar as habilidades de gestão, aprofundamento e atualização visando garantir o crescimento do setor produtivo. É normal que nos altos cargos das organizações se exija este tipo de título de acordo com o perfil organizacional.

No final há o nível de doutorado, que poucas universidades estão creditadas a oferecer, e na qual busca a formação de investigadores e criadores de conhecimento novo. Geralmente os doutores estão fora dos níveis de investimento que as empresas podem pagar, e trabalham nos centros educativos para impulsionar o avanço da ciência.

A Colômbia tem 24 universidades públicas e várias privadas. Elas estão concentradas em Bogotá, que se tornou conhecida como a "Athena da América do Sul".[2] A maioria dos cursos de graduação das universidades duram cinco anos.

Educação para o Trabalho e Desenvolvimento Humano, e Educação informal

A Educação para Trabalho e Desenvolvimento Humano e a Educação informal são reguladas pela lei 1064 de 2006 chamada educación para el trabajo y el desarrollo humano, pelo decreto 2020 de 2006 e pelo decreto 2888 de 2007.

Se considera educação informal todas as atividades que representam algum tipo de estudo ou treinamento, mas que não conduzem a nenhum tipo de grau. Isto inclui o treinamento de seus empregados que ocorre no interior das empresas.

Há também a educação para o Trabalho, oferecida geralmente por instituições privadas, que emitem certificados de nível técnico, e provê habilidades e talentos que se focam principalmente na capacitação para melhorar o nível de subsistência. Esta educação envolve habilidades técnicas necessárias para a capacitação de especialistas em áreas específicas de diferentes atividades trabalhistas segundo a classificação nacional de trabalho. A lei permite que um aluno possa terminar seus estudos em uma entidade de Educação para Trabalho e Desenvolvimento Humano, devidamente certificada, e poder fazer reconhecer seus conhecimentos na educação superior.

A educação para o trabalho e desenvolvimento humano é oferecida por instituições oficiais e privadas como o SENA, o CESDE, a Corporación Politécnico de Cundinamarca, a Academia Nacional de Aprendizaje (ANDAP), o INCAP, entre outros.

O decreto 2888 de 31 de julho de 2007 regulamenta a criação, organização e funcionamento das instituições que oferecem o serviço educativo para o trabalho e desenvolvimento humano, estabelece os requisitos básicos para o funcionamento destes programas e dita outras disposições. A principal associação de instituições de educação para o trabalho e desenvolvimento humano é a ASENOF, que foi responsável por reformas na educação para o trabalho, como a lei 1064 de 2006.

Organizações não-governamentais

Há centenas de Organizações não-governamentais bem estabelecidas na Colômbia que ajudam a fechar as brechas na educação. Para suportar seus esforços, a diáspora colombiana tem começado a organizar e enviar recursos para eles dos Estados Unidos. Um dos maiores exemplos é a Genesis Foundation.

Cobertura e Qualidade

O gasto público na educação em 2006 foi 4,7% do Produto Interno Bruto da Colômbia - um dos mais altos da América Latina - comparado a 2,4% em 1991. Isso representa 14,2% do total dos gastos do governo.[3][4] Em 2006, a rede primária e secundária atingiu uma taxa de ingresso de 88% e 65% respectivamente, um pouco menor do que a média regional. A expectativa de vida escolar era de 12,4 anos.[3]

Cerca de 92,5% da população (homens: 92.4% mulheres: 92.6%) da idade de 15 anos ou mais são alfabetizados, incluindo 97,9% dos jovens de 15 a 24 anos, ambos os índices sendo um pouco maior do que a média regional.[3] Entretanto, o índice de alfabetismo é menor nas áreas rurais.[5]

Cobertura

A nível de educação pré-escolar, primária e secundária básica as instituições estatais e privadas dividem meio-a-meio a população estudantil. A educação técnica e superior é feita na maioria das vezes nas instituições privadas. Como a atenção do estado na educação não cobre satisfatoriamente todas as necessidades do país, nascem novas propostas para a criação de recursos que sejam aproveitáveis por todos, e que se possam construir de forma colaborativa.[6]

Em muitas áreas rurais os professores não estão qualificados para ensinar, e com isso algumas escolas só oferecem os cinco primeiros anos da educação primária.

Referências

  1. Instituto Colombiano de Bienestar Familiar
  2. «Bogotá, Athens of South America, ReVista, Harvard Review of Latin America». Consultado em 24 de março de 2009. Arquivado do original em 3 de julho de 2009 
  3. a b c UNESCO Institute for Statistics Colombia Profile
  4. «Human Development Report for Colombia, 2007/2008». Consultado em 24 de março de 2009. Arquivado do original em 13 de abril de 2012 
  5. US Department of State Background Note: Colombia
  6. propuestas

Ver também

Ligações externas

  • «Ministerio de Educación Nacional de Colombia» (em espanhol) 
  • «Portal Educativo del Ministerio de Educación Nacional» (em espanhol) , Colombia Aprende
  • «ICFES - Instituto Colombiano para el Fomento de la Educación Superior» (em espanhol) , organismo que regula a educação superior na Colômbia.
  • «ICETEX - Instituto Colombiano de Crédito Educativo y Estudios Técnicos en el Exterior» (em espanhol) 
  • «SENA - Servicio Nacional de Aprendizaje» (em espanhol) 
  • «CESDE» (em espanhol) 
  • «ANDAP - Academia Nacional de Aprendizaje» (em espanhol) 
  • «INCAP» (em espanhol) 
  • «World Bank; Colombia» (PDF) (em espanhol) 
  • Portal da educação
  • Portal da Colômbia