Fé bahá'í e língua

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Uma língua auxiliar é um princípio adotado pela Fé Bahá'í para que, com o objetivo de estabelecer relações mais estreitas entre os povos e as nações do mundo, capacite o concretização da unidade mundial. Ao ser adotada uma língua, todas as pessoas do mundo devem aprender a nova língua, por ser auxiliar, a língua nativa não é excluída.

Propósito

O ensinamento principal da Fé Bahá'í é a Unidade da Humanidade, e Bahá'u'lláh chamou para a adoção de uma língua auxiliar universal como um dos meios para promover a unidade. Os escritos Bahá'ís indicam que a falta de uma comunicação entre povos de línguas diferentes pode diminuir os esforços para a paz do mundo devido aos mal-entendidos no idioma, e que adotar uma língua auxiliar internacional ajudaria a reduzir o número de mal-entendidos, e facilitaria a transição para uma sociedade global.

O uso de uma língua auxiliar internacional especificada por Bahá'u'lláh não é um mandato para a uniformidade cultural, sendo que os ensinamentos Bahá'ís valorizam e promovem a diversidade cultural. De preferência, cada território manteria sua própria língua materna, assim protegendo sua identidade cultural, e aprenderia em adição uma língua auxiliar internacional.

Fontes dos escritos Bahá'ís

Adotar uma língua auxiliar comum é vista como integral à paz e à prosperidade do mundo.

O sexto Ishráq [Esplendor] é a união e a concórdia entre as crianças dos homens. Desde o começo do tempo a luz da unidade iluminou o seu esplendor divino em cima do mundo, e os grandes meios para a promoção dessa unidade são que os povos do mundo possam compreender a escrita e o dialágo de cada um. Em Epístolas anteriores Nós ordenamos os Fideicomissários da Casa de Justiça para ou escolher uma língua entre dos aqueles atualmente existente ou adotar uma nova, e da mesma maneira selecionar uma escrita comum, ambos deverão ser ensinados em todas as escolas do mundo. Assim a terra será considerada como um só país e um só lar. A fruta mais gloriosa da árvore do conhecimento é esta palavra exaltada: De uma árvore todos são seus frutos, e de um ramo as folhas. Não deve o homem se vangloriar do amor à pátria, ao invés deve ele se vangloriar do amor à sua espécie. No tocante a isso, temos anteriormente revelado o que é o meio da reconstrução do mundo e da unidade das nações. Bem-aventurados aqueles que a isso atingem. Bem-aventurados os que agem desta forma.[1]
O dia está aproximando-se quando todos os povos do mundo terão adotado uma língua universal e uma escrita comum. Quando isto for alcançado, a qualquer cidade que um homem possa viajar, será como se tivesse entrantando em seu próprio lar.[2]

Idioma

Nenhuma das várias autoridades Bahá'ís tem especificado qual o idioma que deveria ser usado como língua auxiliar internacional. Bahá'u'lláh e o `Abdu'l-Bahá mencionaram a virtude no árabe, no esperanto e no inglês. Compreende-se por Bahá'ís que a língua será selecionada no futuro, por um comitê apontado cujos membros sejam investidos com esta autoridade pelos governos do mundo.

Unidade na diversidade

O ensinamento Bahá'í em uma língua auxiliar internacional de nenhuma maneira prevê o declínio de alguma língua ou cultura viva, e não encarrega da uniformidade cultural. Os ensinamentos Bahá'ís valorizam e promovem a diversidade cultural por mencionar que deve haver uma unidade na diversidade. O termo "auxiliar" significa que uma língua internacional será ensinada em adição a uma língua nativa:

Nas gerações a seguir, duas línguas serão ensinadas nas escolas, uma a língua nativa, e o outro a língua auxiliar internacional.[3]

Línguas de utilidade atual

Dentro da estrutura Bahá'í internacional, três idiomas tem se tornado dominantes para a comunicação internacional: o inglês, o persa e o esperanto; apesar de os bahá'ís serem informados de conduzir as reuniões locais e nacionais e a correspondência de acordo com seu idioma local, a correspondência internacional está sendo conduzida maioria das vezes nesses três idiomas.

A opção do inglês e do persa foi escolhida por razões óbvias. O inglês tem se tornado a língua mais dominante internacionalmente em viagens e negócios, e maioria das comunidades Bahá'ís ao redor do mundo tem alguns aderentes que falam o Persa, devido a origem da Fé ser na Pérsia.

Já no que se refere ao esperanto, Muitos Bahá´is aderiram a comunidade esperantista por acreditar que seria melhor usar uma língua criada em meio pacifista e com o objetivo de servir como ponte entre aqueles que não possuem a mesma língua nativa, do que uma língua nacional que alcançou esse patamar pelo poder de sua cultura. Tendo Inclusive, a filha do criador do esperanto Lidia Zamenhof se convertido a fé Bahá´i.

A predominância e o uso destas três línguas não significa implicar promoção de uma delas como a língua auxiliar internacional.

Notas

  1. Bahá'u'lláh,Epístolas de Bahá'u'lláh, pp. 127-18
  2. Bahá'u'lláh,Epístolas de Bahá'u'lláh, pp. 166-167
  3. `Abdu'l-Bahá,Filosofia Divina, pp. 145