François de La Rochefoucauld

François de La Rochefoucauld
François de La Rochefoucauld
Nascimento 15 de setembro de 1613
Paris
Morte 17 de março de 1680 (66 anos)
Paris (França)
Cidadania França
Progenitores
  • François V de La Rochefoucauld
  • Gabrielle du Plessis-Liancourt
Cônjuge Andrée de Vivonne
Filho(a)(s) François VII de La Rochefoucauld, Carlos Paris de Orleães-Longueville
Alma mater
  • Prytanée National Militaire
Ocupação memorialista, escritor, Militar
Prêmios
  • cavaleiro da Ordem do Espírito Santo
  • cavaleiro da Ordem de São Miguel
Obras destacadas Reflexões ou sentenças e máximas morais, Mémoires
Título duque
Religião Catolicismo
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François, Duque de La Rochefoucauld (Paris, 15 de setembro de 1613 – Paris, 17 de março de 1680) foi um moralista francês, François 6.º, príncipe de Marcillac e, mais tarde, duque de La Rochefoucauld, nasceu em Paris a 15 de setembro de 1613 e morreu na mesma cidade na noite de 16 para 17 de março de 1680. São de Rochefoucauld as famosas frases: "O orgulho é igual em todos os homens (ricos ou pobres), só diferem os meios e as maneiras de mostrá-los"; e "A hipocrisia é uma homenagem que o vício presta à virtude".

Biografia

Em 1628, aos catorze anos,[1] casou-se com Andrée de Vivonne, com quem teve quatro filhos e três filhas.[2] Aristocrata, foi destinado à carreira militar, tendo participado da campanha da Itália em 1629. Envolvendo-se em intrigas contra o cardeal Richelieu, em favor da rainha Ana da Áustria, foi preso e exilado em Verteuil, no ano de 1631. Depois da morte de Richelieu, voltou a conspirar contra a corte, tendo participado ativamente da Fronda, a guerra civil que agitou a França entre 1648 e 1653.

Em 1652, gravemente ferido nos olhos, encerrou sua carreira de soldado e conspirador. Passou em Paris os últimos anos de sua vida, destacando-se nos salões literários, especialmente no de Madame de Sablé.

La Rochefoucauld foi um dos introdutores, e certamente o maior cultor do gênero de máximas e epigramas, divertimento social que ele transformou em gênero literário, escrevendo textos de profundo pessimismo. Seu mais famoso livro, "Reflexões ou sentenças e máximas morais", apareceu pela primeira vez em 1664.

Até a quinta edição do livro, La Rochefoucauld foi condensando suas máximas, ao mesmo tempo em que abrandava o tom, restringindo o seu amargor. Espírito cáustico, amargurado, ele atribui ao amor-próprio um papel preponderante na motivação das ações humanas. Todas as qualidades da nobreza – as falsas virtudes – têm a movê-las o egoísmo e a hipocrisia, atributos inerentes a todos os homens.

Segundo La Rochefoucauld, que é compreendido como um pessimista desencantado com o gênero humano, a necessidade de estima e de admiração está por trás de toda manifestação de bondade, sinceridade e gratidão.

Além das "Reflexões", La Rochefoucauld escreveu sua autobiografia, "Memórias de MDLR sobre as intrigas com a morte de Luís XIII, as guerras de Paris e da Guiana e a prisão dos príncipes", que engloba o período entre 1624 e 1632, e que de uma certa maneira serve de base para as conclusões desenvolvidas nas "Reflexões".

Sua obra influenciou profundamente três outros filósofos: Friedrich Nietzsche, Emil Cioran e Matias Aires.

"Por que não se lêem mais os grandes mestres da sentença psicológica? – pois, sem qualquer exagero: o homem culto que tenha lido La Rochefoucauld e seus pares em espírito e arte é coisa rara na Europa; e ainda mais raro aquele que os conheça e não os insulte".[3]

Referências

  1. Besly, Jean (1 de julho de 2016). Lettres: 1612-1647 (em francês). [S.l.]: Collection XIX. ISBN 978-2-346-08006-9 
  2. «François VI, duc de La Rochefoucauld | French writer». Encyclopedia Britannica (em inglês). Consultado em 17 de janeiro de 2020 
  3. Nietzsche, "Humano, Demasiado Humano", cap. 2, Companhia das Letras, São Paulo, 2000, pag. 43.
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