Giuseppe Crespi

Giuseppe Crespi
Giuseppe Crespi
Nascimento 14 de março de 1665
Bolonha
Morte 16 de julho de 1747 (82 anos)
Bolonha
Cidadania Estados Papais
Filho(a)(s) Carlo Antonio Crespi, Luigi Crespi, Ferdinando Crespi
Ocupação pintor, artista visual
Obras destacadas Demócrito e Heraclito, The Immaculate Conception with St. Anselm and St. Martin, Diana and her Nymphs
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Giuseppe Maria Crespi ou Giuseppe Crespi (14 de março, 1665 - 16 de julho, 1747), apelidado Lo Spagnuolo ("O Espanhol"), foi um pintor italiano do final do Barroco, representante da Escola de Bolonha. Suas produções ecléticas incluíam pinturas religiosas e retratos, mas também era famoso por suas obras que retratavam a vida cotidiana. Giuseppe Crespi, junto com Giambattista Pittoni, Giovanni Battista Tiepolo, Giovanni Battista Piazzetta, Canaletto e Francesco Guardi são os chamados Old Masters do período.

Crespi nasceu em Bolonha e ganhou o apelido de Lo Spagnuolo por seu hábito de vestir roupas apertadas, características da moda espanhola naquele tempo. Aos 12 anos, estudou com Angelo Michele Toni (1640–1708) e dos 15 aos 18 anos trabalhou com Domenico Maria Canuti. O pintor romano Carlo Maratti, em uma visita à Bolonha, convidou Crespi a trabalhar em Roma, mas esse recusou. Um amigo de Maratti, Carlo Cignani, convidou Crespi a entrar para a Accademia del Nudo com o propósito de estudar desenho e lá ele permaneceu até 1686, quando a Accademia começou a ser dirigida por Giovanni Antonio Burrini, o aluno mais importante de Canuti. Viajou para Veneza, mas refugiou-se em Florença com a obra O Massacre dos Inocentes, feita para Fernando I, grão-duque da Toscana, que permaneceu seu firme protetor por cinco anos.

Um artista eclético, Crespi foi um pintor de retratos e um brilhante caricaturista, conhecido por sua água-forte à semelhança de Rembrandt e Salvator Rosa.

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Crespi é mais conhecido hoje por ter sido um dos maiores proponentes da pintura de gênero do Barroco na Itália. Os italianos, até o século XVI, concentravam-se principalmente em imagens religiosas, mitológicas e históricas, bem como retratos de poderosos, diferenciando-se, dessa forma, do norte da Europa, especialmente dos pintores holandeses. Havia exceções, tais como Bartolomeo Passerotti [1] e Vincenzo Campi [2], e, nessa tradição, Crespi seguiu os precedentes criados pelos Bamboccianti, pintores holandeses radicados em Roma. Mais tarde, a mesma tradição seria seguida por Piazzetta, Pietro Longhi, Giacomo Ceruti e Giandomenico Tiepolo para nomear alguns.

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Seus alunos mais importantes foram Giovanni Francesco Braccioli, Giacomo Pavia, Giovanni Morini, Pier Guariente, Felice, seu irmão Jacopo Giusti e Cristoforo Terzi.[1] Ele pode ter influenciado Giovanni Domenico Ferretti e talvez Giovanni Battista Piazzetta. Dois dos filhos de Crespi, Antonio (1712–1781) e Luigi (1708–1779) tornaram-se pintores.

Ver também

Referências

  1. Hobbes, 1849, p. 68

Bibliografia

  • Hobbes, James R. (1849). Picture collector's manual adapted to the professional man, and the amateur. [S.l.]: T&W Boone; Digitalizado por Googlebooks. p. 68 
  • Luigi, Lanzi (1847). Thomas Roscoe, ed. The History of Painting in Italy; from period of the revival of the arts to the eighteenth century. [S.l.]: Henry G. Bohn; Digitalizado por Googlebooks da Oxford University, cópia em 31 de junho de 2007. pp. 162–165 
  • Domenico Sedini, Giuseppe Maria Crespi, catálogo online Artgate por Fondazione Cariplo, 2010, CC BY-SA.
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