Guerra Civil Austríaca

Guerra Civil Austríaca

Soldados do exército federal austríaco, em Viena, 12 de fevereiro de 1934
Data 12 de fevereiro – 16 de fevereiro de 1934
Local Áustria
Desfecho Vitória dos austrofascistas
Desaparecimento do sistema multipartidário
Consolidação do poder pela Frente Patriótica
Beligerantes
SDAPÖ
  • Republikanischer Schutzbund
  • KPÖ
Áustria Primeira República Austríaca
Comandantes
Richard Bernaschek
Ludwig Bernaschek
Engelbert Dollfuß
Emil Fey
Forças
80 000 combatentes[1]
  • 17 500 só em Viena[2]
Forças Armadas da Áustria
Baixas
Cerca de 196[3] a 1000 mortos[4]
399 feridos[2]
10 prisioneiros executados[3]
Entre 105[2] e 118 mortos[3]
319 feridos[2]

Guerra Civil Austríaca ou Revolta de Fevereiro (em alemão: Österreichischer Bürgerkrieg) é como a historiografia denomina os confrontos violentos que ocorreram entre 12 e 16 de fevereiro de 1934 na Áustria entre os movimentos social-democratas (Republikanischer Schutzbund) e comunistas contra as forças conservadoras-fascistas do governo (exército, polícia e paramilitares do Heimwehr). Os eventos começaram em Linz e se espalharam para o resto do país, principalmente nas cidades de Viena, Graz, Bruck an der Mur, Wiener Neustadt e Steyr, embora os combates também se estendessem para várias cidades industriais na Áustria central e oriental.

Os combates, que eclodiram pela oposição violenta das organizações socialistas a uma série de buscas e prisões ordenadas pelo ministro do Interior Emil Fey — destacado dirigente da Heimwehr — em 12 de fevereiro.[5] No mesmo dia, o governo proibiu o Partido Socialista e todas as suas organizações, o que pôs fim às negociações políticas entre as duas partes.[5] Também selou a evolução autoritária do país e a abolição definitiva do sistema parlamentar democrático.[5] Os confrontos resultaram em mais de trezentos mortos e oito feridos. No final, o governo federal austríaco venceu, com a Frente Patriótica (Vaterländische Front), apoiada principalmente por elementos conservadores da sociedade, como a igreja católica, se tornou o único partido político legalizado na Áustria e instauraram no país um novo regime autoritário, o Ständestaat (de orientação fascista).[5]

Ver também

Referências

  1. Jelavich 183.
  2. a b c d Brook-Shepherd 281.
  3. a b c Jelavich 202.
  4. Lehne 136.
  5. a b c d Miller 1992, p. 15.

Bibliografia

  • Edmondson, Clifton Earl (1978). The Heimwehr and Austrian politics, 1918-1936 (em inglês). [S.l.]: University of Georgia Press. 352 páginas. ISBN 9780820304373 
  • Kitchen, Martin (1980). The coming of Austrian fascism (em inglês). [S.l.]: Croom Helm. 299 páginas. ISBN 9780709901334 
  • Low, Alfred D. (1976). «On the Eve of the February 1934 Uprising of the Austrian Socialist Workers». Austrian History Yearbook. 12 (1): 282-284 
  • Miller, James William (1992). «Agrarian Politics in Interwar Austria». Working Papers. 42. 26 páginas 
  • Zuber, Frederick R. (1975). The watch on the Brenner : a study of Italian involvement in Austrian foreign and domestic affairs : 1928-1938 (PDF) (Tese) (em inglês). Rice University. OCLC 18458416