João Rodrigues de Vasconcelos e Sousa

João Rodrigues de Vasconcelos e Sousa
Nascimento Reino de Portugal
[edite no Wikidata]

João Rodrigues de Vasconcelos e Sousa, 2.° conde de Castelo Melhor,[1] foi um militar e administrador colonial português. Era senhor de Valhelhas, Almendra, e Mouta Santa, e exerceu os cargos de alcaide-mor e comendador de Pombal, alcaide-mor de Penamacor, governador das armas e do Conselho de Guerra.[2]

Distinguiu-se com patriotismo no período da Restauração da Independência de Portugal. Achava-se na Índia quando foi aclamado rei D. João IV de Portugal, onde empreendeu uma empresa, que ainda não conseguida, será eternamente gloriosa: intentou, junto com D. Rodrigo Lobo e outros fidalgos, trazer para o seu País, os galeões que estavam em Cartagena. Descoberto o seu intento foi preso com os seus companheiros, resistindo estoicamente aos sofrimentos que lhe foram impostos, para não denunciar os seus cúmplices. Quando regressava sob prisão a Castela, salvaram-no corsários holandeses que o raptaram a pedido de D. João IV, e o conduziram à Pátria.[3]

Recebido com todas as honras pelo novo monarca, deu-lhe os cargos de Governador das Armas das províncias do Minho e Alentejo e foi Conselheiro de Guerra.[2]

Depois partiu de Lisboa a 4 de novembro de 1649, no comando da primeira Armada da Companhia Geral do Comércio do Brasil, como Governador-Geral do Brasil nomeado, tendo como imediato o almirante Pedro Jacques de Magalhães, futuro Visconde de Fonte Arcada. Tomou posse na Bahia a 4 de janeiro de 1650.

Mal provida dos gêneros estancados, no ano seguinte registrou-se enorme escassez de gêneros no Brasil e os protestos contra a Companhia se multiplicaram. Em 1650 a Câmara Municipal do Rio de Janeiro estabeleceu um tabelamento de preços para a venda ao consumidor dos gêneros mais necessários.

Voltando ao reino governou pela segunda vez as Armas da província do Minho, acompanhado do seu filho, Luís de Vasconcelos e Sousa, ainda combateu na campanha de 1658 da Guerra da Restauração contra a finalização do domínio filipino sobre o Reino de Portugal.[4]

Morreu em 1658.[2]

Ver também

Referências

  1. Por morte do seu irmão sucedeu na Casa, e na pretensão de casar com a Condessa de Castelo Melhor, em virtude da clausula testamentaria do primeiro - D. António de Vasconcelos e Sousa. Um modelo de justo equilíbrio entre bondade e rigor, por Cristina Maciariello, pág. 5.
  2. a b c D. António de Vasconcelos e Sousa. Um modelo de justo equilíbrio entre bondade e rigor, por Cristina Maciariello, pág. 5
  3. D. António de Vasconcelos e Sousa. Um modelo de justo equilíbrio entre bondade e rigor, por Cristina Maciariello, pág. 5
  4. Castelo Melhor (Luís de Vasconcelos e Sousa 6.º conde da Calheta e 3.º conde de), Portugal - Dicionário Histórico, Corográfico, Heráldico, Biográfico, Bibliográfico, Numismático e Artístico, Volume II, págs. 890-891, Edição em papel © 1904-1915 João Romano Torres - Editor, Edição electrónica © 2000-2012 Manuel Amaral


Precedido por
António Teles de Meneses
Governador-geral do Brasil
1650 — 1654
Sucedido por
Jerónimo de Ataíde, 6.º Conde de Atouguia


  • v
  • d
  • e

Tomé de Sousa Duarte da Costa Mem de Sá Luís de Brito e Almeida António Salema Lourenço da Veiga Junta Governativa: Cosme Rangel de Macedo - António Barreiros Manuel Teles Barreto Junta Governativa: António Barreiros - Cristóvão de Barros - António Coelho de Aguiar • Francisco de Sousa Diogo Botelho Diogo de Meneses e Sequeira • Francisco de Sousa Gaspar de Sousa Luís de Sousa Diogo de Mendonça Furtado Matias de Albuquerque Francisco de Moura Rolim Diogo Luís de Oliveira Pedro da Silva Fernando de Mascarenhas Vasco de Mascarenhas Jorge de Mascarenhas Junta Governativa Provisória: Pedro da Silva Sampaio - Luís Barbalho Bezerra - Lourenço de Brito • António Teles da Silva António Teles de Meneses João Rodrigues de Vasconcelos e Sousa • Jerónimo de Ataíde Francisco Barreto de Meneses Vasco de Mascarenhas Alexandre de Sousa Freire • Afonso Furtado de Castro do Rio de Mendonça Junta governativa provisória: Agostinho de Azevedo Monteiro - Álvaro de Azevedo - Antônio Guedes de Brito Roque da Costa Barreto • António de Sousa Meneses António Luís de Sousa Matias da Cunha Junta governativa: Manuel da Ressurreição - Manuel Carneiro de Sá • António Luís Coutinho da Câmara João de Lencastre Rodrigo da Costa Luís César de Meneses Lourenço de Almada Pedro de Vasconcelos e Sousa Pedro Antônio de Noronha Sancho de Faro e Sousa Junta governativa provisória: Sebastião Monteiro da Vide - Caetano de Brito e Figueiredo - João de Araújo e Azevedo • Vasco Fernandes César de Meneses André de Melo e Castro Luís Pedro Peregrino de Carvalho e Ataíde Junta governativa provisória: José Botelho de Matos - Manuel António da Cunha Souto Maior - Lourenço Monteiro • Marcos José de Noronha e Brito Antônio de Almeida Soares Portugal Junta Governativa Provisória: Tomás Rubi de Barros Barreto - Manuel de Santa Inês Ferreira - José Carvalho de Andrada - Barros e Alvim • António Álvares da Cunha António Rolim de Moura Tavares Luís de Almeida Silva Mascarenhas Luís de Vasconcelos e Sousa José Luís de Castro Fernando José de Portugal e Castro Marcos de Noronha e Brito

  • Portal de biografias
  • Portal da política
  • Portal do Brasil