Joana Isabel de Baden-Durlach

Joana Isabel de Württemberg
Duquesa de Württemberg
Duquesa de Baden-Durlach
Joana Isabel de Baden-Durlach
Duquesa de Württemberg
Período 1697 - 31 de Outubro de 1733
Antecessor(a) Madalena Sibila de Hesse-Darmstadt
Sucessor(a) Maria Augusta de Thurn e Taxis
 
Nascimento 3 de outubro de 1680
  Castelo de Karlsburg, Durlach, Alemanha
Morte 2 de julho de 1757 (76 anos)
  Schloss Stetten, Alemanha
Cônjuge Everardo Luís de Württemberg
Descendência Frederico Luís de Württemberg
Pai Frederico VII de Baden-Durlach
Mãe Augusta Maria de Holstein-Gottorp

Joana Isabel de Baden-Durlach (3 de outubro de 1680 – 2 de julho de 1757) foi uma duquesa de Württemberg graças ao seu casamento com o duque Everardo Luís.

Casamento

Joana de Baden-Durlach nasceu no Castelo de Karlsburg, Durlach, a terceira filha do marquês Frederico VII de Baden-Durlach e da sua esposa, a duquesa Augusta Maria de Holstein-Gottorp.

Em 1697, Joana casou-se num casamento duplo em Baden e Württemberg com o duque Everardo Luís de Württemberg, filho do duque Guilherme Luís de Württemberg e da condessa Madalena Sibila de Hesse-Darmstadt. O casal uniu as duas principais dinastias do sul da Alemanha. O casamento de Joana foi celebrado na Suíça, onde a corte de Baden se encontrava exilada devido às várias invasões francesas de que o ducado era alvo.[1] Dois meses depois, celebrou-se em Estugarda o casamento da irmã de Everardo Luís, Madalena Guilhermina, com o príncipe-herdeiro e mais tarde marquês Carlos III Guilherme de Baden-Durlach. Everardo dava pouca atenção à sua esposa e alegadamente só se terá casado com ela para se aproximar de uma das suas damas-de-companhia.[1]

Separação

Depois de Joana dar à luz um filho no primeiro ano de casamento, o príncipe-herdeiro Frederico Luís, o casal passou a viver separado grande parte do tempo. Devido à sua carreira militar, Everardo Luís começou a passar cada vez menos tempo em Estugarda. Em 1704, participou na Batalha de Blenheim e foi depois nomeado comandante do Exército do Reno. Em 1707, tornou-se marechal-de-campo das tropas suábias na Guerra da Sucessão Espanhola. Era importante para ele comandar um exército activo, ser um modelo a seguir e criar um estado absolutista ao estilo francês com uma corte brilhante. Joana Isabel agarrou-se a ideias pietistas de moralidade nas quais tinha sido educada e deixou-se ficar no velho castelo em Estugarda.

O Caso Grävenitz

Everardo Luís de Württemberg foi o primeiro duque a viver abertamente com uma amante, Wilhelmine von Grävenitz. Quando se casou morganaticamente com ela em 1707, o casamento foi considerado um escândalo. Depois de se queixar ao imperador Carlos VI, Joana conseguiu fazer com que o casamento fosse dissolvido e que Grävenitz fosse enviada para o exílio na Suíça.[2]

O seu marido regressou em 1710 quando a sua amante se casou por interesse com o conde von Würben e conseguiu também regressar ao ducado.[3] Everardo e a sua amante passaram a viver a maior parte do tempo em Ludwigsburg. Em 1718, a residência oficial também se mudou para essa cidade. Entretanto, Joana Isabel continuou a viver no velho palácio em Estugarda, recusando-se a pedir o divórcio e o casamento nunca foi dissolvido.

A morte prematura do único filho de Joana, o príncipe Frederico Luís, em 1731, ameaçou a mudança do poder em Württemberg para o ramo católico da família. Devido a este perigo, Everardo Luís rompeu a sua relação com Wilhelmine of Grävenitz e tinha esperança de conceber um herdeiro legítimo com a sua esposa há muito ignorada. A idade avançada do casal e a morte iminente do duque a 31 de Outubro de 1733 acabaram por fazer com que estes esforços não tivessem qualquer resultado.

Joana Isabel viveu mais de vinte anos que o marido. Como viúva, passou a viver no Castelo de Kirchheim e morreu no Schloss Stetten em Stetten, no Vale Rems. Foi enterrada na igreja do Castelo de Ludwigsburg.

Genealogia

Os antepassados de Joana Isabel de Baden-Durlach em três gerações
Joana Isabel de Baden-Durlach Pai:
Frederico VII de Baden-Durlach
Avô paterno:
Frederico VI, Marquês de Baden-Durlach
Bisavô paterno:
Frederico V de Baden-Durlach
Bisavó paterna:
Bárbara de Württemberg
Avó paterna:
Cristina Madalena do Palatinado-Zweibrücken-Kleeburg
Bisavô paterno:
João Casimiro do Palatinado-Zweibrücken-Kleeburg
Bisavó paterna:
Catarina da Suécia
Mãe:
Augusta Maria de Holsácia-Gottorp
Avô materno:
João Adolfo de Holsácia-Gottorp
Bisavô materno:
Adolfo de Holsácia-Gottorp
Bisavó materna:
Cristina de Hesse
Avó materna:
Augusta da Dinamarca
Bisavô materno:
Frederico II da Dinamarca
Bisavó materna:
Sofia de Meclemburgo-Güstrow

Referências

  1. a b Wilson, p. 229.
  2. Wilson, pp. 230- 233
  3. Wilson, p. 234.
  • v
  • d
  • e
Consortes de Brandemburgo
Marquesas de Brandemburgo 1157–1356 (Casa da Ascânia)
  • Sofia de Winzenburg
  • Judite da Polônia
  • Ada da Holanda
  • Matilde de Landsberg
  • Sofia da Dinamarca
  • Brígida da Saxônia
  • Beatriz da Boêmia
Marquesas de Brandemburgo-Stendal 1157–1356 (Casa da Ascânia)
  • Edviges de Werle
  • Edviges da Holsácia
  • Judite de Henneberg
  • Constança da Polônia
  • Inês da Baviera
  • Inês de Brandemburgo
Marquesas de Brandemburgo-Salzwedel 1157–1356 (Casas da Ascânia e Wittelsbach)
  • Judite de Henneberg
  • Matilde da Dinamarca
  • Edviges de Habsburgo
  • Ana da Áustria
  • Catarina de Glogau
  • Margarida da Dinamarca
  • Margarida de Tirol
  • Cunegunda da Polônia
Eleitoras de Brandemburgo 1356–1806 (Casas de Wittelsbach, Luxemburgo e Hohenzollern)
Marquesas de Brandemburgo-Ansbach 1398–1791 (Casa de Hohenzollern)
Marquesas de Brandemburgo-Kulmbach 1398–1604 (Casa de Hohenzollern)
Marquesas de Brandemburgo-Bayreuth 1604–1791 (Casa de Hohenzollern)
Marquesas de Brandemburgo-Bayreuth-Kulmbach 1655–1726 (Casa de Hohenzollern)
  • Maria Isabel de Eslésvico-Holsácia-Sonderburgo-Glucksburgo
  • Sofia Maria de Solms-Baruth
  • Sofia Cristiana de Wolfstein
  • Doroteia de Eslésvico-Holsácia-Sonderburgo-Beck
Marquesa de Brandemburgo-Küstrin 1535–1571 (Casa de Hohenzollern)
  • Catarina de Brunsvique-Volfembutel
Marquesas de Brandemburgo-Schwedt 1688–1788 (Casa de Hohenzollern)

Bibliografia

  • Wilson, Peter H. (2004). "Women and Imperial Politics: The Württemberg Consorts 1674-1757". In Campbell Orr, Clarissa (ed.). Queenship in Europe 1660-1815: The Role of the Consort. Cambridge University Press. pp. 276–299. ISBN 0-521-81422-7.