Josué, o Estilita

Josué, o Estilita
Pseudônimo(s) Pseudo-Joshua the Stylite
Nascimento século V
Morte século VI
Ocupação historiador, estilitas
[edite no Wikidata]

Josué, o Estilita (também Iechu, o Estilita[1] e Yeshu/Ieshu, o Estilita) foi um estilita e o autor atribuído de uma crônica que narra os eventos ocorridos no Oriente Próximo durante o início do século VI, tendo ele sido considerado um dos primeiros e melhores documentos históricos preservados em siríaco. A preservação de seu trabalho ocorreu graças a sua incorporação da chamada Crônica de Zuquenim, tendo provavelmente tido um lugar na segunda parte da História Eclesiástica de João do Éfeso, de quem Pseudo-Dionísio copiou todos ou a maior parte do assunto contidos na terceira parte da crônica. A crônica em questão é anônima e a nota de um copista foi atribuída a Josué do mosteiro de Zuquenim, próximo de Amida.[2]

O autor desta obra foi testemunha ocular de muitos dos eventos descritos na obra tendo descrito que vivia em Edessa durante os anos das guerras bizantino-sassânidas. Incorpora à obra sua visão dos eventos que são caracterizados pela crença na sabedoria de anulação da Providência, tendo além disso elogiado Flaviano II, o patriarca calcedônio de Antioquia, em termos mais acalorados do que aqueles em que elogia seus contemporâneos monofisistas Jacó de Batnas e Filoxeno de Hierápolis. Ele foi provavelmente um católico ortodoxo.[2]

A crônica foi dada a conhecer pela primeira vez na versão latina abreviada de Assemani e foi editada em 1876 por Paulin Martin e por William Wright em 1882. Após uma elaborada dedicação para um amigo do padre e abade Sérgio, uma breve recapitulação de eventos a partir da morte de Juliano em 363 e uma mais ampla exposição dos reinados dos reis persas Perozes I (r. 459–484) e Balas (r. 484–488), o escritor entra em seu tema principal: a história das relações perturbadas entre os impérios persa e bizantino e o início do reinado de Cavades I (489 531), que culminou na grande guerra de 502-506. De outubro de 494 para a conclusão da paz perto do final de 506, o autor dá uma consideração analítica, com especificação cuidadosa das datas, dos principais eventos na Mesopotâmia, o teatro do conflito, como o cerco e a captura de Amida pelos persas (502-503), o cerco mal sucedido de Edessa (503), e a tentativa frustrada dos bizantinos para recuperar Amida (504-505).[3]

Referências

  1. Witakowski 1996, p. XXI.
  2. a b «A HISTORY OF THE TIME OF AFFLICTION AT EDESSA AND AMIDA AND THROUGHOUT ALL MESOPOTAMIA» (em inglês). Consultado em 29 de setembro de 2012 
  3. «A History of the time of Affliction at Edessa and Amida throughout all Mesopotamia» (em inglês). Consultado em 22 de setembro de 2012 

Bibliografia

  • Witakowski, Witold (1996). Chronicle: known also as the Chronicle of Zuknin. [S.l.]: Liverpool University Press 
Controle de autoridade