Katita

Katita é uma personagem brasileira de quadrinhos criada por Anita Costa Prado.[1]

Uma das primeiras personagens lésbicas dos quadrinhos brasileiros, as tiras de Katita estrearam em 1995, sendo divulgadas em fanzines e quadrinhos independentes.[2][3]

As histórias, geralmente inspiradas em situações do cotidiano, costumam envolver Katita paquerando outras mulheres e criticando preconceito, não apenas contra LGBTs, mas também contra, por exemplo, pessoas de baixa estatura ou "acima do peso".[4][1]

A personagem se tornou mais conhecida a partir de 2006, com a publicação da coletânea Katita: Tiras Sem Preconceito, publicada pela editora Marca de Fantasia, livro que ganhou, no ano seguinte, o Prêmio Angelo Agostini de melhor lançamento e garantiu à autora o prêmio de melhor roteirista no mesmo ano (Anita ganharia novamente o prêmio de melhor roteirista no ano seguinte).[2][3]

Anita Costa Prado é responsável pelos roteiros das tiras, que já foram ilustradas por diversos artistas, como Laudo Ferreira Jr., Lauro Roberto, Leonardo Braz Muniz, Tarcílio Dias Ferreira e Ronaldo Mendes, sendo este último o que mais vezes desenhou a personagem.[2]

Em 2007, Katita se tornou "porta-voz" da diversidade sexual em postais e na cartilha da visibilidade lésbica publicada pela Coordenadoria de Assuntos de Diversidade Sexual (CADS), da Prefeitura de São Paulo.[5][2][1]

Em 2017, foi lançada a publicação independente Katita: Sem Palavras, mas com Atitude / Katita e Dodô: Amizade Além da Realidade, que trazia em um só volume duas capas e dois títulos. O segundo título dá destaque ao personagem coadjuvante Dodô, homossexual negro e amigo de Katita, que inicialmente aparecia vez por outra nas tiras e, depois de algum tempo, passou a protagonizar algumas tiras individuais e charges.[6]

Coletâneas publicadas

Todas as obras têm roteiro de Anita Costa Prado e desenhos de Ronaldo Mendes.

  • Katita: Tiras Sem Preconceito (Marca de Fantasia, 2006)[4]
  • Katita: Humor e Malícia (independente, 2008)[7]
  • Katita: O Preconceito É um Dragão (Marca de Fantasia, 2010)[8]
  • Katita: Maré-cheia... de Sereia (Marca de Fantasia, 2012)[9]
  • Katita: Sem Palavras, mas com Atitude / Katita e Dodô: Amizade Além da Realidade (independente, 2017)[6]

Referências

  1. a b c «A (in)visibiliade lésbica no Brasil: um estudo sobre a produção e expressão do homoerotismo feminino nas histórias em quadrinhos» (PDF). Jornadas Internacionais em Histórias em Quadrinhos (USP). Agosto de 2011 
  2. a b c d «Entrevista: Anita Costa Prado». Revista O Grito. 16 de agosto de 2010 
  3. a b «Fã de quadrinhos, professora cria cartuns de personagens LGBTs». Agência Mural. 19 de abril de 2018 
  4. a b «Resenha: Katita, Tiras sem preconceito». Bigorna.net. 28 de fevereiro de 2007 
  5. «Katita, de Anita Costa Prado, em postais da CADS (SP)». Bigorna.net. 20 de agosto de 2007 
  6. a b «Katita e Dodô em nova revista». Marca de Fantasia. 2017 
  7. «Lançamento: Katita – Humor e Malícia». Bigorna.net. 23 de maio de 2008 
  8. «Nova revista com a personagem Katita». Universo HQ. 12 de maio de 2010 
  9. «Lançamento da nova edição da Revista Katita». De Olho Nelas. 1 de agosto de 2012 
  • v
  • d
  • e
1986 – 1989

1986: Chiclete com Banana (Angeli) • Medo (vários autores) • 1987: Bundha (vários autores) • 1988: Radar (vários autores) • 1989: Seleções do Quadrix: Garra Cinzenta (Francisco Armond e Renato Silva)

1990 – 1999

1990: O Menino Maluquinho (Ziraldo) • 1991: Piratas do Tietê (Laerte Coutinho) • 1992: Graphic Trapa (vários autores) • 1993: Pau-Brasil (vários autores) • 1994: SemiDeuses (Alessandro A. Librandi e Walter Jr.) • 1995: Mulher-Diaba no Rastro de Lampião (Ataíde Braz e Flavio Colin) • 1996: Coleção Assombração (vários autores) • 1997: Gibizão da Turma da Mônica (vários autores) • 1998: Metal Pesado (vários autores) • 1999: Cybercomix (vários autores)

2000 – 2009

2000: O Dobro de Cinco (Lourenço Mutarelli) • 2001: Fawcett (André Diniz e Flavio Colin) • 2002: Fábrica de Quadrinhos 2001 (vários autores) • 2003: Madame Satã (Luiz Antonio Aguiar e Julio Shimamoto) • 2004: Roko-Loko e Adrina-Lina (Marcio Baraldi) • 2005: Roko-Loko e Adrina-Lina Atacam Novamente (Marcio Baraldi) • 2006: Tattoo Zinho (Marcio Baraldi) • 2007: Katita: Tiras Sem Preconceito (Anita Costa Prado e Ronaldo Mendes) • 2008: Menino Caranguejo (Chicolam e Paulo Kielwagen) • 2009: Menina Infinito (Fábio Lyra)

2010 – 2019

2010: Roko-Loko: Hey Ho, Let's Go! (Marcio Baraldi) • 2011: Bando de Dois (Danilo Beyruth) • 2012: Ação Magazine (vários autores) • 2013: Astronauta: Magnetar (Danilo Beyruth) • 2014: Meninos & Dragões (Lucio Luiz e Flavio Soares) • 2015: Yeshuah: Onde Tudo Está (Laudo Ferreira) • 2016: Valkíria: A Fonte da Juventude (Alex Mir e Alex Genaro) • 2017: Spectrus: Paralisia do Sono (Thiago Spyked) • 2018: Labirinto (Thiago Souto) • 2019: Gibi de Menininha (Germana Viana, Renata C B Lzz, Roberta Cirne, Camila Suzuki, Mari Santtos, Clarice França, Katia Schittine, Fabiana Signorini, Milena Azevedo, Carol Pimentel, Ana Recalde, Talessa K e Camila Torrano)

2020 – presente
Ícone de esboço Este artigo sobre banda desenhada é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.
  • v
  • d
  • e