Míssil balístico tático

Um exemplar de Míssil balístico tático, o MGM-140 ATACMS sendo disparado.

Um Míssil balístico tático, é um tipo de Míssil balístico disparado de uma rampa de lançamento montada sobre um veículo pesado, projetado para uso em em campo de batalha, em geral, com alcance inferior a 300 km. Alguns especialistas militares russos os colocam em nível de importância ao lado das forças nucleares estratégicas.[1]

História

Rampa fixa de lançamento de míssil balísitco V2, 1942.

Os mísseis V-1 e V-2 foram desenvolvidos pela Alemanha Nazista, sendo os primeiros mísseis balísticos do mundo. Com um poder de fogo e velocidade impressionantes, deram trabalho aos aliados até que se descobriu sua maior vulnerabilidade: sua rampa de lançamento era fixa. Isso o tornava um alvo fácil, no caso de descoberta da base. Sem a rampa de lançamento, o míssil tornava-se inútil. Posteriormente se desenvolveu uma rampa móvel para o míssil V-2 mas não houve tempo de implantá-la em larga escala. Os aliados destruíram centenas de rampas até o final da guerra. [2]

Após a queda do regime nazista, americanos e soviéticos correram para conquistar o espólio de guerra. Assim, a tecnologia dos mísseis balísitcos V1 e V2 e seus especialistas foram divididos entre os dois países. [3]

Enquanto que os americanos demoraram a usar a tecnologia, os soviéticos desenvolveram um novo míssil. Para evitar a vulnerabilidade de uma rampa de lançamento fixa, desenvolveram o conceito de uma rampa móvel. Assim surgiu o míssil balístico tático, que aliava alto poder de fogo com um alcance de até 300 km a partir do veículo de lançamento, cuja mobilidade ampliava o rol de possibilidades de uso no campo de batalha, bastando apenas posicionar o veículo dentro do raio de alcance do míssil, disparar e mudá-lo de posição para reutilizar a rampa e protegê-la do inimigo. Em 1952 entra em produção o míssil balístico tático R-11 Zemlya (Código OTAN “SS-1 Scud-A”), soviético. Com alcance máximo de 270 km (ogiva comum) e 130 Km (ogiva nuclear). Inicialmente, o míssil e sua rampa de lançamento eram transportado por um veículo de esteiras modelo 2P-19. Durante toda a década de 1950 e início dos anos 1960, os soviéticos realizaram melhorias no sistema de míssil, adotando um caminhão de pneus 8X8, que trouxe maior mobilidade para os lançamentos. Em 1955, surgiu a versão do míssil para a Marinha, sendo empregada nos submarinos Classe AV611 (Código OTAN “Zulu”) e 619 (Código OTAN “Golf”). [4] [5]

O Míssil balístico tático pode ser lançado de veículos em terra ou de navios/submarinos no mar.[5]

  • A primeira versão do SCUD era lançada de um veículo adaptado do Tanque Iosef Stalin.
    A primeira versão do SCUD era lançada de um veículo adaptado do Tanque Iosef Stalin.
  • Sistema MGM-31 Pershing, dos Estados Unidos, montado sobre um veículo de esteiras M474.
    Sistema MGM-31 Pershing, dos Estados Unidos, montado sobre um veículo de esteiras M474.
  • Rampa de lançamento do míssil israelense LORA, adaptável a diversos tipos de caminhões.
    Rampa de lançamento do míssil israelense LORA, adaptável a diversos tipos de caminhões.

Referências

  1. И.В. Бочарников (2007). «Современные тенденции зарубежного военного строительства». Аналитический вестник Совета Федерации ФС РФ. Consultado em 20 de dezembro de 2017 
  2. Max Altman (13 de junho de 2013). «Hoje na História: 1944 - Hitler começa a lançar bombas V1 para tentar vencer Segunda Guerra». Ópera Mundi. Consultado em 20 de dezembro de 2017 
  3. «Joint Intelligence Objectives Agency"». U.S. National Archives and Records Administration. Consultado em 20 de dezembro de 2017 
  4. «Elbrus (SS-1C Scud-B): Short-range ballistic missile». Military Today. 2006. Consultado em 20 de dezembro de 2017 
  5. a b «R-11FM / SS-1b Scud». Federation of American Scientists. Consultado em 20 de dezembro de 2017 
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