Pontuação


 Nota: Este artigo é sobre o conceito gramatical. Para o conceito em informática, veja Pontuação (jogos eletrônicos).
Sinais de pontuação
Sinais gráficos
apóstrofo '
parênteses ()
colchetes ou parênteses retos [ ]
chaves ou chavetas {}
dois-pontos :
vírgula ,
travessão
meia-risca
hífen
reticências ... . . .
ponto final .
ponto de exclamação !
ponto de exclamação invertido ¡
ponto de interrogação ?
interrobangue
ponto de interrogação invertido ¿
til ~
ponto e vírgula ;
barra /
ponto mediano ·
espaço     
Símbolos matemáticos
mais e de menos + −
sinais de multiplicação e divisão × ÷
sinal de igual =
mais ou menos, menos ou mais ± ∓
Símbolos monetários
moeda ¤
Dólar/Peso $
Cêntimo ¢
Libra esterlina £
Iene/Renminbi ¥
Euro
Won
Bitcoin
Outros sinais tipográficos
"E" comercial ou ampersand &
asterisco *
símbolo de direitos autorais ©
marca registrada comercial ®
arroba @
aspas “”
barra inversa ou contrabarra \
chevron <>
ponto lista
obelisco
grau °
indicador ordinal
cerquilha ou cardinal #
plica
parágrafo §
pé de mosca
porcentagem %
traço inferior _
barra vertical ou pipe |
sinal de conclusão
sinal de idem
dois pontos triangulares ː
Relacionados
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Pontuação é um ramo ou recurso da ortografia,[1] que permite expressar exclusivamente na língua escrita um espectro de matizes rítmicas e melódicas características da língua falada, pelo uso de um conjunto sistematizado de sinais sintáticos (sinais gráficos e não gráficos).[2] Ou seja, a pontuação têm por finalidade assinalar as pausas e as entonações da linguagem falada na linguagem escrita, separando expressões e orações que precisam ser destacadas.[2][3]

Os sinais de pontuação são marcações gráficas que servem para compor a coesão e a coerência textual além de ressaltar a clareza e especificidades semânticas e pragmáticas.[4]

Pontuações

Existem alguns sinais. São eles:

  • Ponto (.) — Usa-se no final do período, indicando que o sentido está completo. Também é usado nas abreviaturas (Dr., Exa., Sr.).
Exemplo: Ele foi ao médico e levou uma injeção.
  • Vírgula (,) — Marca uma pequena pausa e também uma separação de membros de uma frase. Nem sempre correspondente às pausas (mais arbitrárias) do texto falado.[5] É usada como marca de separação para: o aposto; o vocativo; o atributo; os elementos de um sintagma não ligados pelas conjunções e, ou, nem; as orações coordenadas assindéticas (não ligadas por conjunções); as orações relativas; as orações intercaladas; as orações subordinadas e as adversativas introduzidas por mas, contudo, todavia, entretanto e porém. Deve-se evitar o uso desnecessário da vírgula, pois ela dificulta a leitura do texto. Por outro lado, ela não deve ser esquecida quando obrigatória.
Exemplo: Andava pelos cantos e gesticulava, falava em voz alta, ria e roía as unhas.
  • Ponto e vírgula (;) — Sinal intermediário entre o ponto e a vírgula, que indica que o sentido da frase será complementado. Representa uma pausa mais longa que a vírgula e mais breve que o ponto. É usado em frases constituídas por várias orações, algumas das quais já contêm uma ou mais vírgulas; também para separar frases subordinadas dependentes de uma subordinante; como substituição da vírgula na separação da oração coordenada adversativa da oração principal.
  • Dois pontos (:) — Indicam um prenúncio, comunicam que se aproxima um enunciado. Correspondem a uma pausa breve da linguagem oral e a uma entoação descendente (ao contrário da entoação ascendente da pergunta). Anunciam:[6]
Antes de um discurso direto (fala) de uma personagem, nos diálogos de um texto:
Então ele disse: — Estou cansado de tanta confusão! Antes de um esclarecimento e/ou resumo:
E foi assim que aconteceu: elas foram embora mais cedo. Antes de uma citação:
Como afirmou Descartes: “Penso, logo existo”. Antes de um exemplo ou observação.:
Observação: cada atleta deverá trazer uma camiseta colorida. Antes de uma enumeração, para mostrar itens de uma justa posição:
Quando um navio está prestes a afundar, entram no bote salva-vidas primeiro: crianças, idosos e adultos.
  • Ponto de interrogação (?) — Usa-se no final de uma interrogação (pergunta).
  • Ponto de exclamação (!) — Usa-se no final de qualquer frase que exprime sentimentos, emoções, dor, admiração, ironia, surpresa ou estados de espírito.
  • Reticências (…) — Podem marcar uma interrupção de pensamento, indicando que o sentido da oração ficou incompleto; ou uma introdução de suspense, depois da qual o sentido será completado. No primeiro caso, a sequência virá em maiúscula — uma vez que a oração foi fechada com um sentido vago proposital e outra será iniciada à parte —. No segundo caso, há continuidade do pensamento anterior, como numa longa pausa dentro da mesma oração, o que acarreta o uso normal de minúscula para continuar a oração.
Exemplos:
Ah, como era verde o meu jardim... Não se fazem mais daqueles.
Foi então que Manoel retornou... mas com um discurso bastante diferente!
  • Aspas (« » ou “ ”) — Usam-se para delimitar citações; para referir títulos de obras; para realçar uma palavra ou expressão.
  • Parênteses "( )" — Marcam uma observação ou informação acessória intercalada no texto.
  • Travessão (—) — Marca o início e o fim das falas em um diálogo, para distinguir cada um dos interlocutores; as orações intercaladas; os apostos; as sínteses no final de um texto. Também usado para substituir os parênteses.
  • Meia‐risca (–) — Separa extremidades de intervalos.
  • Parágrafo — Constitui cada uma das secções de frases de um escritor; começa por letra maiúscula, um pouco além do ponto em que começam as outras linhas.
  • Colchetes ([]) — utilizados na linguagem científica.
  • Asterisco (*) — empregado para chamar a atenção do leitor para alguma nota (observação).
  • Barra (/) — aplicada nas abreviações das datas e em algumas abreviaturas.
  • Hífen (-) — usado para ligar elementos de palavras compostas e para unir pronomes átonos a verbos (menor do que a Meia−Risca).

Críticas ao uso comum da pontuação

Teóricos da linguagem, como o francês Henri Meschonnic, consideram que a pontuação como usada atualmente tende apenas a organizar logicamente o texto, não por seus elementos rítmicos e melódicos, tendo tal uso origem no chamado Cartesianismo. Com base nesta deformação rítmica produzida pelo uso lógico da pontuação, muitos poetas como Guillaume Apollinaire, Allen Ginsberg e o próprio Meschonnic aboliram a pontuação em sua escrita poética.

Outro autor que faz um uso não tradicional de pontuações é o português José Saramago, que o faz em seus textos em formato não-poético, chegando a escrever frases que "duram" mais de uma página.

Referências

  1. Comunicação, Tamer (16 de setembro de 2013). «Saiba a diferença entre erro de ortografia e de gramática». Diário Catarinense. Click RBS. Consultado em 27 de junho de 2016 
  2. a b «Pontuação». Norma Culta - Gramática Online. Consultado em 27 de junho de 2016 
  3. Viana de Moraes, Jorge (13 de outubro de 2008). «Sinais de pontuação - definições: Usos atuais». Especial Pedagogia & Comunicação. UOL Educação. Consultado em 27 de junho de 2016 
  4. Ana Paula de Araújo. «Pontuação». InfoEscola. Consultado em 13 de junho de 2013  A referência emprega parâmetros obsoletos |língua2= (ajuda)
  5. Sabrina Vilarinho. «Sinais de Pontuação». Brasil Escola. Consultado em 13 de junho de 2013  A referência emprega parâmetros obsoletos |língua2= (ajuda)
  6. «Dois pontos». Norma Culta - Gramática Online. Consultado em 27 de junho de 2016 
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