Soneto 35

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Soneto 35

No more be grieved at that which thou hast done:
Roses have thorns, and silver fountains mud:
Clouds and eclipses stain both moon and sun,
And loathsome canker lives in sweetest bud.
All men make faults, and even I in this,
Authorizing thy trespass with compare,
Myself corrupting, salving thy amiss,
Excusing thy sins more than thy sins are;
For to thy sensual fault I bring in sense,
Thy adverse party is thy advocate,
And 'gainst myself a lawful plea commence:
Such civil war is in my love and hate,
That I an accessory needs must be,
To that sweet thief which sourly robs from me.

–William Shakespeare
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Soneto 35 foi escrito por William Shakespeare e faz parte dos seus 154 sonetos. Faz parte da seqüência de sonetos cuja crítica considera ser endereçada a um jovem do sexo masculino, e também é relacionado do Soneto 33 ao Soneto 42, em que o eu-lírico explica sobre um pecado cometido contra ele pelo jovem que o poeta se esforça em perdoar.

Traduções

Na tradução de Arnaldo Poesia,

Não chores mais o erro cometido;
Na fonte, há lodo; a rosa tem espinho;
O sol no eclipse é sol obscurecido;
Na flor também o inseto faz seu ninho;
Erram todos, eu mesmo errei já tanto,
Que te sobram razões de compensar
Com essas faltas minhas tudo quanto
Não terás tu somente a resgatar;
Os sentidos traíram-te, e meu senso
De parte adversa é mais teu defensor,
Se contra mim te recuso, e me convenço
Na batalha do ódio com o amor:
Vítima e cúmplice do criminoso,
Dou-me ao ladrão amado e amoroso.[1]

Na tradução de Thereza Christina Rocque da Motta,

Não te entristeças mais pelo que fizeste:
As rosas têm espinhos, e a prata jaz sob a lama;
As nuvens e os eclipses encobrem o sol e a lua,
E o terrível negrume vive no doce botão.
Todo homem erra, e mesmo eu aqui,
Permitindo que ouses comparar,
Minha corrupção, salvando tua omissão,
Desculpando em excesso os teus erros;
Pois teu pecado sensual eu considero –
Teu adversário é teu advogado –
E contra mim instaura-se um pleito;
Há uma guerra civil entre o amor e o ódio
Em que me torno cúmplice
Do ladrão, que, malicioso, rouba a mim.[2]

Referências

  1. «Cópia arquivada». Consultado em 19 de dezembro de 2010. Arquivado do original em 9 de fevereiro de 2011 
  2. Thereza Christina Rocque da Motta (tradutora), SHAKESPEARE, William. 154 Sonetos. Em Comemoração Aos 400 Anos Da 1ª Edição 1609-2009. Editora Ibis Libris, 1ª edição, 2009. ISBN 8578230264
  • Alden, Raymond. The Sonnets of Shakespeare, with Variorum Reading and Commentary. Boston: Houghton-Mifflin, 1916.
  • Baldwin, T. W. On the Literary Genetics of Shakspeare's Sonnets. Urbana: University of Illinois Press, 1950.
  • Booth, Stephen. Shakespeare's Sonnets. New Haven: Yale University Press, 1977.
  • Dowden, Edward. Shakespeare's Sonnets. London, 1881.
  • Hubler, Edwin. The Sense of Shakespeare's Sonnets. Princeton: Princeton University Press, 1952.
  • Schoenfeldt, Michael (2007). The Sonnets: The Cambridge Companion to Shakespeare’s Poetry. Patrick Cheney, Cambridge University Press, Cambridge.
  • Tyler, Thomas (1989). Shakespeare’s Sonnets. London D. Nutt.
  • Vendler, Helen (1997). The Art of Shakespeare's Sonnets. Cambridge: Harvard University Press.

Ligações externas

  • (em inglês) Análise do soneto