Tales from Topographic Oceans

Tales from Topographic Oceans
Tales from Topographic Oceans
Álbum de estúdio de Yes
Lançamento Reino Unido14 de Dezembro de 1973
Estados Unidos9 de Janeiro de 1974
Gravação Agosto - Outubro de 1973
Gênero(s) Space rock , Rock Progressivo
Duração 81:15
Gravadora(s) Atlantic Records
Produção Yes e Eddie Offord
Opiniões da crítica

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  • allmusic 3.5 de 5 estrelas. link
  • Robert Christgau (C) link
  • Pitchfork Media 2.2 de 10 estrelas. link
  • Rolling Stone (não avaliado) link
Cronologia de Yes
Close to the Edge
(1972)
Relayer
(1974)

Tales from Topographic Oceans é o sexto álbum da banda de rock progressivo Yes. É o álbum que marca a entrada do baterista Alan White (ex-Plastic Ono Band), substituindo o então baterista Bill Bruford, que estava na banda desde o começo. Além disso, é o último álbum a contar com o tecladista Rick Wakeman (por alguns anos), que voltaria ao Yes em 1977, no álbum Going for the One. Também se diferencia dos outros por ser o único álbum de estúdio duplo da banda. Nele há somente 4 músicas, cada uma ocupando um lado inteiro dos LPs e com uma média de 20 minutos cada. Certamente o álbum mais controverso da banda, pois foi criticado não só pela crítica especializada, mas também pelos próprios fãs por exceder os limites e levar a músicas a patamares exagerados. Embora as críticas sob sua construção e tamanho, obteve relativo sucesso nas paradas inglesas e norte-americanas.

Visão geral

O conceito do álbum, duplo, com apenas 4 peças musicais, foi o trabalho mais ambicioso da banda até então.

Trata-se de um álbum conceitual.[1][2] A temática gira em torno da busca do autoconhecimento como meio para se chegar à plenitude espiritual. Durante a turnê de promoção do álbum "Close to the Edge", o percussionista Jamie Muir (King Crimson) apresentou a Jon Anderson o livro do iogue e guru indiano Paramahansa Yogananda, intitulado "Autobiography of a Yogi", publicado em 1946. A obra foi responsável por transmitir ao mundo ocidental o pensamento espiritual do oriente, sendo considerada uma das maiores obras sobre espiritualidade do século XX. Anderson sentiu-se motivado a construir um álbum conceitual em cima das ideias contidas na nota de rodapé da página 83 deste livro, in verbis:

"Pertencente aos shastras, literalmente, "livros sagrados", compreendendo quatro classes de escrituras: "shrúti, smáti, purâna e tântra". Estes tratados abrangem todos os aspectos da vida religiosa e social, os campos do direito, medicina, arquitetura, arte, etc. Os shrútis são os Vedas, escrituras "diretamente ouvidas" ou "reveladas". Smátis ou lendas "rememoradas" vieram a ser escritas num passado remoto, sob a forma do mais longo dos poemas épicos, o Mnhábhárata e o Ramayâna. Os dezoito Purânas são, ao pé da letra, "alegorias antigas"; tântras literalmente significam "ritos" ou "rituais": estes tratados transmitem verdades profundas sob o véu de um minuncioso simbolismo."

Seu lançamento foi cercado de opiniões hostis, inclusive por parte dos críticos musicais, agradando a uns e desagradando a outros. Porém, os ouvintes casuais da banda e os fãs ficaram divididos em opiniões sobre este ser ou não o trabalho mais forte da banda. Alguns fãs o veem como um álbum muito excessivo e obscuro, enquanto outros o consideram a obra-prima do grupo.

Apesar de tudo isso, o álbum teve um certo sucesso e boa repercussão, sendo constantemente citado em discussões sobre álbuns progressivos e alcançando o 1º lugar nas paradas britânicas e o 6º lugar nas paradas americanas, além de ter sido condecorado com Disco de Ouro em ambas regiões. O projeto foi levado adiante por pressão de Anderson e Howe, e foi o primeiro disco do Yes a ser o mais vendido dentro do Reino Unido, com oitenta mil cópias vendidas antes mesmo de seu lançamento, no sistema pre-order. Até hoje, é o álbum mais vendido da carreira do Yes no período progressivo, totalizando mais de cinco milhões de cópias, e ficando atrás apenas de 90125, com sete milhões de cópias.[3]

Discórdia

As sessões de gravação do álbum não foram das melhores, com várias discordâncias entre os integrantes, e talvez isso tenha se refletido no resultado final. O tecladista Rick Wakeman não gostou do fato de que a maior parte do álbum foi feita somente por Jon Anderson e Steve Howe, deixando pouco espaço para ele e os outros integrantes participarem da obra. Pelo que disse em entrevistas, ficava a maior parte do tempo jogando dardos. As reclamações do integrante não eram novas: o antigo baterista Bill Bruford deixou o Yes um ano antes alegando razões parecidas, indo tocar com o King Crimson.

No início, houve uma discordância entre os membros sobre o local da gravação: metade da banda queria gravar em um estúdio no interior da Inglaterra e a outra metade queria gravar na metropolitana Londres. Foi decido que o álbum seria gravado em Londres, no Morgan Studios. Infeliz com a decisão, Anderson, que tinha sugerido gravar no campo, pediu aos técnicos do estúdio que o adaptassem colocando azulejos nas paredes da sala de gravação para "simular a acústica de um banheiro" (recebendo o apoio de Howe); não contente, Anderson e outros membros ainda decoraram o estúdio com bonecos de vacas, montes de feno e até um pequeno celeiro. As duas histórias foram confirmadas; a primeira pelo road manager da banda na época, Michael Tait, e a segunda por Ozzy Osbourne (que utilizava o estúdio ao lado para gravar com o Black Sabbath), em sua autobiografia.[4][5]

Wakeman ficou insatisfeito com o resultado do álbum e logo após a turnê para a divulgação do trabalho saiu do grupo, passando a se dedicar à sua carreira solo, começando a planejar seu álbum de sucesso 'Journey to the Centre of the Earth'.

Apesar da opinião negativa de Wakeman, outros membros discordam: Steve Howe afirmou que alguns de seus melhores trabalhos de guitarra estavam neste álbum. Squire mencionou que, ao ouvir as fitas anos depois, pensou "realmente é um pouco exagerado, mas gostei muito". Mesmo o próprio Wakeman mencionou em entrevistas que ele gostou do conteúdo de "The Ancient", e inclusive apresentou "The Revealing Science of God" e "Ritual" com a banda em shows ao longo dos anos.

Faixas

Letras creditadas a Jon Anderson e Steve Howe (exceto onde indicado). Música creditada ao Yes.

Lado 1

1. "The Revealing Science of God (Dance of the Dawn)" – 20:25

Lado 2

1. "The Remembering (High the Memory)" – 20:38 [Letra pelo Yes]

Lado 3

1. "The Ancient (Giants Under the Sun)" – 18:35 [Letra por Anderson/Howe/Squire]

Lado 4

1. "Ritual (Nous Sommes du Soleil)" – 21:37

Ficha Técnica

Paradas

Ano Parada Posição
1973 UK Albums Chart (RU) 1
1974 Billboard Pop Albums (EUA) 6

Certificações

Organização Título Data
RIAA - EUA disco de ouro 8 de Fevereiro de 1974
BPI - RU disco de ouro 1 de Março de 1974

Relançamentos

1988 - Atlantic (CD)

1994 - Atlantic (CD Remasterizado)

2003 - Rhino (CD Remasterizado com faixas bônus)

Notas e referências

  1. «Yes: Tales from Topographic Oceans Tour». baudomairon.blogspot.com. Consultado em 25 de julho de 2018 
  2. «Yes - Tales from Topographic Oceans». Consultado em 25 de julho de 2018 
  3. Machado, Mairon (12 de dezembro de 2013). «Baú do Mairon: Maravilhas do Mundo Prog: Yes - The Revealing Science of God (Dance of Dawn) [1973]». Baú do Mairon. Consultado em 30 de julho de 2018 
  4. Entrevista de Michael Tait no documentário "Classic Artists: Yes" de 2008
  5. Em sua autobiografia intitulada "I Am Ozzy", lançada pela Grand Central Publishing em 2010

Ligações externas

  • «ProgArchives: Tales from Topographic Oceans» 

Fontes

  • «UK Top 40 Hit: Parada Britânica» 
  • v
  • d
  • e

Steve Howe • Billy Sherwood • Jon Davison • Geoff Downes • Jay Schellen

Chris Squire • Jon Anderson • Peter Banks • Bill Bruford • Trevor Horn • Tony Kaye • Igor Khoroshev • Patrick Moraz • Trevor Rabin • Alan White • Rick Wakeman • Oliver Wakeman • Benoît David
Álbuns de estúdio
Yes • Time and a Word • The Yes Album • Fragile • Close to the Edge • Tales from Topographic Oceans • Relayer • Going for the One • Tormato • Drama • 90125 • Big Generator • Union • Talk • Keys to Ascension • Keys to Ascension 2 • Open Your Eyes • The Ladder • Magnification • Fly from Here • Heaven & Earth • The Quest • Mirror to the Sky
Álbuns ao vivo
Yessongs • Yesshows • 9012Live: The Solos • Keys to Ascension • Keys to Ascension 2 • House of Yes: Live from House of Blues • Live at Montreux 2003 • Symphonic Live • Progeny: Seven Shows from Seventy-Two • Topographic Drama – Live Across America • From a Page
Compilações
Yesterdays • Classic Yes • Yesstory • Symphonic Music of Yes • Highlights: The Very Best of Yes • Something's Coming: The BBC Recordings 1969-1970 • Keystudio • Yes Remixes • The Ultimate Yes: 35th Anniversary Collection • Yes, Friends and Relatives • Greatest Hits Live
Vídeos
Yessongs • Yes: Live - 1975 at Q.P.R. • Live in Philadelphia • 9012Live • YesYears • Greatest Video Hits • House of Yes: Live from House of Blues • Keys to Ascension • Yesspeak • Yes Acoustic: Guaranteed No Hiss • Songs from Tsongas • Live at Montreux 2003 • Classic Artists: Yes • Yesspeak Live: The Director's Cut
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