Tentativa de golpe de Estado na Guiné em 1996 |
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Data | 2 de fevereiro - 3 de fevereiro de 1996 |
Local | Conacri, Guiné |
Desfecho | Tentativa de golpe fracassada; governo mantém o controle |
Beligerantes |
Forças Armadas da República da Guiné | Facção dissidente das Forças Armadas | |
Comandantes |
Lansana Conte | Gbago Zoumanigul Tenente Lamine Diarra | |
Forças |
desconhecido | 2000 soldados | |
Baixas |
20-40 mortes |
A tentativa de golpe de Estado na Guiné em 1996 foi uma intentona golpista na Guiné por elementos dissidentes das Forças Armadas Guineenses contra o governo de Lansana Conte. Originalmente um motim devido a uma disputa salarial, onde cerca de dois mil soldados exigiam salários mais elevados e melhores benefícios, mas depois transformou-se numa tentativa de golpe militar que quase derrubou o governo.[1] Em 3 de fevereiro, um acordo foi alcançado e a rádio estatal instruiu os soldados a retornarem às suas unidades.[2][3]
A tentativa de golpe teria começado nas primeiras horas de 2 de Fevereiro na capital do país – Conacri. Durante os confrontos de doze horas contra as forças governamentais,[4] os rebeldes tomaram o controle do centro deserto da capital e bombardearam continuamente o palácio presidencial, fazendo-o pegar fogo.[2] Os confrontos sangrentos resultaram em até quarenta mortes, a maioria civis.[4] As forças rebeldes também capturaram o Presidente Conte,[5] mas ele foi posteriormente libertado após prometer aumentar os salários dos soldados.[6]
No rescaldo do golpe fracassado, cerca de cem militares foram presos: quarenta foram posteriormente libertados devido a provas insuficientes, enquanto cinquenta e sete ainda permaneciam detidos em Janeiro de 1998.[7] O comandante Gbago Zoumanigul, uma figura central na instigação do golpe, fugiu do país para a Líbia, enquanto outro líder importante - o tenente Lamine Diarra - foi entregue às autoridades governamentais depois de tentar procurar refúgio na embaixada do Mali na capital.[7] Vários altos oficiais do exército implicados ainda permaneciam foragidos, incluindo o coronel Ibrahima Sory Diallo, o coronel Abdouramane Kaba, Sama Panival Bangoura, Mohammad Lamine Traore e Oumah Soumah.[7]
Referências
- ↑ «Guinea Country Report on Human Rights Practices for 1996»
- ↑ a b «COUP APPARENTLY HALTED IN CAPITAL OF GUINEA». 3 de fevereiro de 1996
- ↑ «World News Briefs;Mutiny in Guinea Reportedly Resolved». The New York Times (em inglês). 4 de fevereiro de 1996. ISSN 0362-4331. Consultado em 25 de maio de 2024
- ↑ a b «MUTINOUS SOLDIERS IN GUINEA CALLED FOR PEACE TALKS». Chicago Tribune (em inglês). 4 de fevereiro de 1996. Consultado em 25 de maio de 2024
- ↑ «Guinea's history of strongman rule»
- ↑ «Military Group Claims to Have Taken Power in Guinea». Voice of America (em inglês). 27 de outubro de 2009. Consultado em 25 de maio de 2024
- ↑ a b c «UNHCR Web Archive». webarchive.archive.unhcr.org. Consultado em 25 de maio de 2024