Visão religiosa de Adolf Hitler

Hitler com Cesare Orsenigo, o embaixador do Vaticano.
Mãe Maria com o Santo Menino Jesus Cristo (1913), pintura a óleo sobre tela feita por Hitler.[1]

Adolf Hitler foi criado por seu pai, que era católico, e por sua mãe, que também era cristã devota. Hitler, contudo, deixou de participar dos sacramentos e posteriormente apoiou o Movimento Cristão Alemão,[2] um movimento racista e antissemita, que pretendeu fazer a fusão do Nazismo e do Cristianismo.[3][4][5][6] Em seu livro, Mein Kampf, ele afirmou seguir os princípios do cristianismo.[7][8] Antes do começo da Segunda Guerra Mundial, Hitler promovia o chamado "cristianismo positivo",[9] um movimento que expurgava do cristianismo todos os elementos do judaísmo e inseria ideais nazistas.[10] De acordo com controversos manuscritos redigidos por Heinrich Heim, Henry Picker e Martin Bormann, secretário pessoal do Führer, intitulados Tischgespräche im Führerhauptquartier ("Conversas de Hitler à Mesa"), além do testemunho de amigos próximos de Hitler, ele tinha uma profusão de visões negativas do cristianismo.[11] Mas a maioria das pessoas em seu convívio afirmavam que ele era teísta.[12][13]

Há muito debate sobre a relação de Hitler e religião como um todo; o consenso maior entre os historiadores é que, na maioria dos casos, ele apresentava uma visão irreligiosa, anticristã, anticlériga e cientística.[14] Ainda assim, em público, Hitler frequentemente, durante suas campanhas e discursos políticos, expressava apoio à religião e afirmava se opôr ao ateísmo,[15] chegando a banir, em 1933, um grupo anticristão materialista.[16] Historiadores e acadêmicos acreditam que Hitler, com o passar do tempo, pretendia suplantar a influência do cristianismo na sociedade alemã e então substituí-la por um novo credo associado a ideologia nazista.[17][18]

Primeiros anos

O pai de Hitler, Alois, embora nominalmente um católico era um pouco cético religiosamente,[19] enquanto sua mãe Klara era uma católica praticante.[20] Na escola do mosteiro beneditino, que Hitler frequentou durante um ano escolar quando criança (1897–1898), Hitler tornou-se o primeiro de sua classe, recebendo o mais alto grau no último trimestre. Ele recebeu o Crisma em 22 de maio de 1904, e também cantou no coro do mosteiro.[21] Segundo o historiador Michael Rissmann, o jovem Hitler foi influenciado na escola pelo Pangermanismo, e começou a rejeitar a Igreja Católica, recebendo a Crisma só a contragosto.[22] Andrew N. Wilson comenta que embora muito se fale da educação católica de Hitler, "era algo ao qual o próprio Hitler frequentemente fazia alusão, e ele era quase sempre violentamente hostil."[23] Hitler gabou-se de expressar ceticismo aos professores clérigos quando frequentou a escola religiosa.[23]

Vida adulta

Fivela de uniforme militar nazista com "Gott mit uns" ("Deus está conosco") gravado nela. O uso deste lema é, contudo, muito anterior ao período nazi, e já na I Guerra Mundial os soldados alemães a usavam nos cintos[24]

Algo da crença religiosa de Hitler pode ser recolhida a partir de suas declarações públicas e privadas, no entanto, estas apresentam um quadro conflitante de um homem que parece espiritual, porém contra a religião organizada. Algumas declarações privada atribuídas a ele permanecem em disputa quanto a veracidade.[25] Em sua posição como chefe das forças armadas, ordenou a colocação da frase "Gott mit uns" ("Deus está conosco") nas fivelas dos uniformes militares.[26]

Um famoso episódio é narrado por Albert Speer, o arquiteto do regime nazi, no seu livro de memórias, Por Dentro do III Reich. Speer relata que "Hitler ficou muito impressionado com um pedaço de história que ele tinha conhecido a partir de uma delegação de árabes distintos." A delegação especulou que o mundo tornar-se-ia muçulmano se os berberes e os árabes tivessem vencido a Batalha de Tours no século 8 d.C. e que os alemães se tornariam herdeiros de "uma religião que acreditava em espalhar a fé pela espada e subjugar todas as nações a essa fé. Tal credo era perfeitamente adequado ao temperamento alemão."[27]

Ainda de acordo com Speer, Hitler declarou em particular: "Veja, foi nossa desgraça ter a religião errada. Por que não tivemos a religião dos japoneses, que consideram o sacrifício pela Pátria como o bem supremo? A religião muçulmana também teria sido muito mais compatível conosco do que com o cristianismo. Por que tinha de ser o cristianismo com sua mansidão e flacidez?."[27]

O historiador Alan Bullock afirma que Hitler não acreditava em Deus e considerava o cristianismo "uma rebelião contra a lei natural da seleção por meio da luta e da sobrevivência do mais apto", uma religião para escravos.[28]

Nas suas memórias, Joseph Goebbels, o Ministro da Propaganda Nazista, na entrada de 29 de Dezembro de 1939, escreveː "O Fuhrer é profundamente religioso, embora completamente anticristão. Ele vê o cristianismo como um sintoma de decadência. Com razão. É um ramo da raça judaica."[29]

Discursos públicos

Hitler cumprimenta dignitários católicos na Alemanha na década de 1930

Em seus públicos discursos, especialmente no começo de seu governo, Hitler frequentemente descrevia positivamente a Cultura Cristã alemã,[8] e a sua crença em um Cristo ariano.[30] Pouco antes de sua ascensão ao poder Hitler discursou perante uma multidão em Muniqueː

"Meus sentimentos, como Cristão, mostram-me meu Deus e Salvador como um lutador. […] Quão formidável foi sua luta contra o veneno judaicoǃ […] Como Cristão, […] eu tenho o dever de ser um guerreiro pela verdade e pela justiça."[8]

Embora expressasse publicamente apoio ao cristianismo, uma vez no poder, passou a tentar diminuir a influência da religião na vida pública.[31]

Perseguição à Igreja

Hitler prometeu ao Reichstag, em 23 de março de 1933, que ele não interferiria nos direitos das igrejas. No entanto, com o poder assegurado na Alemanha, Hitler rapidamente quebrou essa promessa.[32][33]

No campo de concentração de Dachau, Hitler encarcerou o clero que se opôs ao regime nazista. A partir de dezembro de 1940, ordenou a transferência de prisioneiros clericais mantidos em outros campos, e Dachau tornou-se o centro de detenção de clérigos. De um total de 2 720 clérigos registrados como presos lá, cerca de 2 579 (ou 94,88%) eram católicos romanos. Entre as outras denominações, havia 109 protestantes, 22 ortodoxos gregos, 8 católicos antigos e mariavitas e 2 muçulmanos. Os jesuítas eram o maior grupo entre os clérigos encarcerados em Dachau.[34][35][36]

Referências

  1. «5 Rarely seen artworks painted by Adolf Hitler». Sobadsogood.com. Consultado em 13 de dezembro de 2017 
  2. Susannah Heschel, The Aryan Jesus: Christian Theologians and the Bible in Nazi Germany, Princeton University Press, 2008. pp 1-10
  3. Heschel, Susannah (2008). The Aryan Jesus: Christian Theologians and the Bible in Nazi Germany. [S.l.]: Princeton University Press. 8 páginas 
  4. Bergen, Doris L. (1996). Twisted Cross: The German Christian Movement in the Third Reich (Capítulo 1). EUA: The University of North Carolina Press 
  5. Levy, Richard S.(e outros) (2005). Antisemitism: A Historical Encyclopedia of Prejudice and Persecution, Volume 1. [S.l.]: ABC CLIO Inc. pp. 172–173 
  6. Conway, John S. (1968). The Nazi Persecution of the Churches, 1933-1945 (Capítulo 2). [S.l.]: The Ryerson Press. 474 páginas 
  7. Hitler, Adolf (1999). Mein Kampf. Ralph Mannheim, ed., New York: Mariner Books, pp. 65, 119, 152, 161, 214, 375, 383, 403, 436, 562, 565, 622, 632-633.
  8. a b c Baynes, Norman H., ed. (1969). The Speeches of Adolf Hitler: April 1922-August 1939. New York: Howard Fertig. pp. 19-20, 37, 240, 370, 371, 375, 378, 382, 383, 385-388, 390-392, 398-399, 402, 405-407, 410, 1018, 1544, 1594.
  9. «Nazi conspiracy and aggression.» 
  10. Steigmann-Gall, Richard (2003). The Holy Reich. Cambridge: Cambridge University Press, pp. 13-50, p. 252.
  11. Cameron, Norman (e outros - Trad. inglesa) (2000). Hitler Table Talk. [S.l.]: Enigma Books. 752 páginas 
  12. John Toland, Adolf Hitler. New York: Anchor Publishing, 1992, p. 507.
  13. Michael, Robert (2008). A history of Catholic antisemitism. New York: Macmillan, p. 111.
    • Richard Overy; The Dictators: Hitler's Germany, Stalin's Russia; Allen Lane/Penguin; 2004, pp. 287: “During the War [Hitler] reflected that in the long run, ‘National Socialism and religion will no longer be able to exist together. Both Stalin and Hitler wanted a neutered religion, subservient to the state, while the slow programme of scientific revelation destroyed the foundation of religious myth.”
    • Richard Overy: The Dictators: Hitler's Germany, Stalin's Russia; Allen Lane/Penguin; 2004, p. 281: "Hitler believed that all religions were now 'decadent'; in Europe it was the 'collapse of Christianity that we are now experiencing'. The reason for the crisis was science."
    • Richard J. Evans; The Third Reich at War; Penguin Press; New York 2009, p. 547: wrote that Hitler believed that in the long run National Socialism and religion would not be able to co-exist, and stressed repeatedly that Nazism was a secular ideology, founded on modern science: "Science, he declared, would easily destroy the last remaining vestiges of superstition". Germany could not tolerate the intervention of foreign influences such as the Pope and "Priests, he said, were 'black bugs', 'abortions in black cassocks'".
    • Alan Bullock, Hitler and Stalin: Parallel Lives, Fontana Press 1993, p. 412.: Bullock notes Hitler's use of rhetoric of "Providence" but concludes that Hitler, Stalin and Napoleon all shared the same materialist outlook "based on the nineteenth century rationalists' certainty that the progress of science would destroy all myths and had already proved Christian doctrine to be an absurdity"
    • Hitler's Table Talk: Hitler is reported as saying: "The dogma of Christianity gets worn away before the advances of science. Religion will have to make more and more concessions. Gradually the myths crumble. All that's left is to prove that in nature there is no frontier between the organic and the inorganic. When understanding of the universe has become widespread, when the majority of men know that the stars are not sources of light but worlds, perhaps inhabited worlds like ours, then the Christian doctrine will be convicted of absurdity."
  14. Norman H. Baynes, ed., The Speeches of Adolf Hitler, April 1922-August 1939. Vol. 1. Oxford: Oxford University Press, 1942, p. 378.
  15. «Atheist Hall Converted: Berlin Churches Establish Bureau to Win Back Worshipers». The New York Times. 14 de maio de 1933. p. 2. Consultado em 8 de abril de 2018 
  16. Joe Sharkey. «Word for Word/The Case Against the Nazis; How Hitler's Forces Planned To Destroy German Christianity». The New York Times. Consultado em 9 de abril de 2018 
    • Sharkey, Joe (13 de janeiro de 2002). "Word for Word/The Case Against the Nazis; How Hitler's Forces Planned To Destroy German Christianity". The New York Times. Acessado em 7 de junho de 2011.
    • Ian Kershaw; Hitler a Biography; 2008 Edn; WW Norton & Company; Londres, p.661
    • Alan Bullock; Hitler: A Study in Tyranny; HarperPerennial Edition 1991; p 219: "Assim que a guerra acabasse, [Hitler] prometeu a si mesmo, ele erradicaria e destruiria a influência das igrejas cristãs, mas até então ele seria cauteloso"
    • Michael Phayer; The Response of the German Catholic Church to National Socialism, published by Yad Vashem: "No final da década de trinta, os oficiais da Igreja estavam bem cientes de que o objetivo final de Hitler e outros nazistas era a eliminação total do catolicismo e da religião cristã. Como a esmagadora maioria dos alemães era católica ou protestante, esse objetivo tinha que ser um objetivo nazista de longo prazo, e não de curto prazo."
    • Shirer, William L., Rise and Fall of the Third Reich: A History of Nazi Germany, p. 240, Simon e Schuster, 1990: "sob a liderança de Rosenberg, Bormann e Himmler - apoiado por Hitler - o regime nazista pretendia destruir o Cristianismo na Alemanha, se pudesse, e substituir o antigo paganismo dos primeiros deuses germânicos tribais e os novos paganismo dos extremistas nazistas.”
    • Gill, Anton (1994). An Honourable Defeat; A History of the German Resistance to Hitler. Heinemann Mandarin. 1995 paperback ISBN 978-0-434-29276-9, pp. 14–15: "[os nazistas planejavam] descristianizar a Alemanha após a vitória final".
    • Richard Overy; ‘’The Dictators Hitler's Germany Stalin's Russia’’; Allen Lane/Penguin; 2004.pp.287: “Durante a guerra, [Hitler] refletiu que, a longo prazo, "o nacional-socialismo e a religião não poderão mais coexistir. Tanto Stalin quanto Hitler queriam uma religião castrada, subserviente ao Estado, enquanto o lento programa de revelação científica destruía a fundação do mito religioso.”
    • Richard J. Evans; The Third Reich at War; Penguin Press; New York 2009, p. 547: escreveu que Hitler acreditava que, a longo prazo, o nacional-socialismo e a religião não seriam capazes de coexistir, e enfatizou repetidamente que o nazismo era uma ideologia secular, fundada na ciência moderna: “A ciência, declarou ele, destruiria facilmente os últimos vestígios remanescentes de superstição”. A Alemanha não podia tolerar a intervenção de influências estrangeiras como o Papa e "os padres, disse ele, eram 'insetos negros', 'abortos em batinas pretas'".
    • Griffin, Roger Fascism's relation to religion in Blamires, Cyprian, World fascism: a historical encyclopedia, Volume 1, p. 10, ABC-CLIO, 2006: "Não há dúvida de que, a longo prazo, líderes nazistas como Hitler e Himmler pretendiam erradicar o cristianismo com a mesma crueldade de qualquer outra ideologia rival, mesmo que, no curto prazo, eles tivessem de se contentar em fazer concessões com ele.."
    • Mosse, George Lachmann, Nazi culture: intellectual, cultural and social life in the Third Reich, p. 240, Univ of Wisconsin Press, 2003: "Se os nazistas tivessem vencido a guerra, suas políticas eclesiásticas teriam ido além das dos Cristãos Alemães, para a destruição total tanto da Igreja Protestante quanto da Igreja Católica."
    • Fischel, Jack R., Historical Dictionary of the Holocaust , p. 123, Scarecrow Press, 2010: "O objetivo era destruir o cristianismo e restaurar os deuses alemães da antiguidade ou transformar Jesus em um ariano."
    • Dill, Marshall, Germany: a modern history , p. 365, University of Michigan Press, 1970: "Não parece exagero insistir que o maior desafio que os nazistas tiveram de enfrentar foi seu esforço para erradicar o cristianismo na Alemanha ou, pelo menos, subjugá-lo à sua visão geral do mundo."
    • Wheaton, Eliot Barculo The Nazi revolution, 1933–1935: prelude to calamity:with a background survey of the Weimar era, p. 290, 363, Doubleday 1968: Os nazistas buscaram "erradicar o cristianismo nas raízes e ramos da Alemanha".
    • The Nazi Master Plan: The Persecution of the Christian Churches Arquivado em 2013-09-26 no Wayback Machine, Rutgers Journal of Law and Religion, Inverno de 2001, compilado de extratos dos julgamentos de Nuremberg de 1945 e 1946
    • Sharkey, Word for Word/The Case Against the Nazis; How Hitler's Forces Planned To Destroy German Christianity, New York Times, 13 de janeiro de 2002
    • Bendersky, Joseph W., A concise history of Nazi Germany, p. 147, Rowman & Littlefield, 2007: "Consequentemente, o objetivo de longo prazo de Hitler era eliminar as igrejas, uma vez que ele tivesse consolidado o controle sobre seu império europeu.”
  17. Smith, Bradley (1967). Adolf Hitler: His Family, Childhood and Youth. Stanford: Hoover Institution Press, p. 27."
  18. Smith, Bradley (1967). Adolf Hitler: His Family, Childhood and Youth. Stanford: Hoover Institution Press, p. 42.
  19. John Toland; Adolf Hitler; capitulo 1;
  20. Rissmann, Michael (2001). Hitlers Gott: Vorsehungsglaube und Sendungsbewußtsein des deutschen Diktators. Zürich München: Pendo, pp. 94-96; ISBN 978-3-85842-421-1.
  21. a b Wilson, Andrew Norman (2012). Hitler a Short Biography. [S.l.]: Harper Presss. 71 páginas 
  22. Shaw, Jeffrey M.(editor) e outro (1971). War and Religion: An Encyclopedia of Faith and Conflict(Vol.1). [S.l.]: Abc Clio. 318 páginas 
  23. Carrier, R.C. (2003). "'Hitler's Table Talk': Troubling Finds." Arquivado em 8 de dezembro de 2012, no Wayback Machine. German Studies Review 26 (3): 561-576.
  24. Armbrüster, Thomas (2005). Management and Organization in Germany. [S.l.]: Ashgate Publishing. p. 64. ISBN 978-0-7546-3880-3 
  25. a b Speer, Albert (1971). Inside the Third Reich. [S.l.]: MacMillan Company. 96 páginas 
  26. Bullock, Allan (1962). Hitler: a Study in Tyranny. [S.l.]: Harper & Row. 389 páginas 
  27. Goebbels, Joseph. Joseph Goebbels (Fred Taylor Translation)- The Goebbels Diaries 1939–41. [S.l.]: Hamish Hamilton Ltd; 
  28. Heschel, Susannah (2008). The Aryan Jesus: Christian theologians and the Bible in Nazi Germany. Princeton: Princeton University Press, p. 8.
  29. Ian Kershaw; Hitler a Biography; 2008 Edn; WW Norton & Company; London; pp. 381-382.
  30. Kershaw, Ian (2008). Hitler: A Biography. [S.l.]: W. W. Norton & Co. pp. 281–283 
  31. Bullock, Alan (1991). Hitler: A Study in Tyranny. [S.l.]: Harper Collins. pp. 146–149 
  32. Rychlak (8 de Outubro de 2007). «The Priests of Dachau (review)» 
  33. Berben, Paul (1975). Dachau, 1933–1945: the official history. [S.l.]: Norfolk Press. pp. 276–277 
  34. Lapomarda, Vincent A. The Jesuits and the Third Reich - 2nd Ed. [S.l.]: Edwin Mellen Press. pp. 140–141 

Bibliografia

  • Angebert, Jean-Michel (1974), The Occult and the Third Reich, ISBN 978-0-02-502150-1, Macmillan .
  • Baynes, Norman (1942), The Speeches of Adolf Hitler: April 1922-August 1939, ISBN 978-0-598-75893-4, 1, New York: Oxford University Press .
  • Bullock, Alan (1991), Hitler: A Study in Tyranny, ISBN 0-06-092020-3, Abridged Edition, New York: Harper Perennial 
  • Cameron, Norman; Stevens, R. H. Stevens; Weinberg, Gerhard L.; Trevor-Roper, H. R. (2007). Hitler's Table Talk 1941-1944: Secret Conversations. New York: Enigma Books. ISBN 9781936274932 
  • Carrier, Richard (2003), «"Hitler's Table Talk": Troubling Finds», German Studies Review, 26 (3), pp. 561–576, doi:10.2307/1432747 .
  • Davies, Norman (1996), Europe: A History, ISBN 978-0-19-820171-7, Oxford: Oxford University Press .
  • Dawidowicz, Lucy (1986), The War Against the Jews: 1933-1945, ISBN 978-0-553-34532-2, Bantam .
  • De George, Richard; Scanlan, James (1975), Marxism and religion in Eastern Europe: papers presented at the Banff International Slavic Conference, September 4–7, 1974, Dordrecht: D. Reidel .
  • Fest, Joachim (1973), Hitler: Eine Biographie, ISBN 978-3-549-07301-8, Propyläen .
  • Fest, Joachim (2002), Hitler, ISBN 978-0-15-602754-0, Harcourt .
  • Goodrick-Clarke, Nicholas (1985), The Occult Roots of Nazism: The Ariosophists of Austria and Germany, 1890–1935, ISBN 978-0-85030-402-2, Wellingborough, England: The Aquarian Press .
  • Gunther, John (1938), Inside Europe, New York: Harper & brothers .
  • Hart, Stephen; Hart, Russell; Hughes, Matthew (2000), The German soldier in World War II, Osceola, Wisconsin: MBI .
  • Hitler, Adolf (1926), Mein Kampf, 2 .
  • Kershaw, Ian (1987), The 'Hitler Myth': Image and Reality in the Third Reich, Oxford University Press .
  • Kershaw, Ian (2000), Hitler, 1889–1936: Hubris, ISBN 978-0-393-32035-0, London: W. W. Norton & Company (publicado em 1999) .
  • Kershaw, Ian (2008), Hitler a Biography, ISBN 978-0-393-06757-6, W.W. Norton & Company .
  • Miner, Steven (2003), Stalin's Holy War, ISBN 978-0-8078-2736-9, Chapel Hill: University of North Carolina Press .
  • Rissmann, Michael (2001), Hitlers Gott. Vorsehungsglaube und Sendungsbewußtsein des deutschen Diktators, ISBN 978-3-85842-421-1, Zürich München: Pendo, pp. 94–96 .
  • Sage, Steven (2006), Ibsen and Hitler: the playwright, the plagiarist, and the plot for the Third Reich, ISBN 978-0-7867-1713-2, New York: Carroll & Graf 
  • Schramm, Percy Ernst (1978) "The Anatomy of a Dictator" in Hitler: The Man and the Military Leader. Detwiler, Donald S., ed. Malabar, Florida: Robert E. Kreiger Publishing Company. ISBN 0-89874-962-X; originally published as the introduction to Picker, Henry (1963) Hitlers Tischgespräche im Führerhauptquarter ("Hitler's Table Talk")
  • Shirer, William (1960), The Rise and Fall of the Third Reich: A History of Nazi Germany, New York: Simon & Schuster, consultado em 28 de abril de 2008 .
  • Siemon-Netto, Uwe (1995), The Fabricated Luther: The Rise and Fall of the Shirer Myth, ISBN 978-0-570-04800-8, St. Louis: Concordia Publishing House .
  • Speer, Albert (1997), Inside the Third Reich, ISBN 978-1-85799-218-2, Orion .
  • Steigmann-Gall, Richard (2003), The Holy Reich: Nazi Conceptions of Christianity, 1919–1945, ISBN 978-0-521-82371-5, Cambridge University Press .
  • Thomsett, Michael (1997), The German opposition to Hitler: the resistance, the underground, and assassination plots, 1938–1945, ISBN 978-0-7864-0372-1, Jefferson, N.C.: McFarland .
  • Toland, John (1976), Adolf Hitler, ISBN 978-0-385-03724-2, Doubleday .
  • Toland, John (1992), Adolf Hitler: The Definitive Biography, ISBN 978-0-385-42053-2, New York: Anchor .
  • Westerlund, David; Ingvar, Svanberg (1999), Islam outside the Arab world, New York: St. Martin's Press .
  • Zipfel, Friedrich (1965), Kirchenkampf in Deutschland 1933–1945, Berlin: Walter de Gruyter & Co. .

Ligações externas

  • Hitler’s Religion: Christianity, Atheism, Pantheism? (em inglês)
  • O Sagrado Reich (Introdução) por Richard Steigmann-Gall (em inglês)
  • Hitler's religious beliefs and fanaticism; por Jim Walker, em Nobeliefs.com (em inglês)
  • v
  • d
  • e
Política
Visões políticas · Discursos · Profecia · Mein Kampf · Zweites Buch · Testamento político de Adolf Hitler · Filosofia nazista
Eventos
Líderes nazistas
Vida privada
Residência · Saúde · Visão religiosa · Sexualidade · Dieta · Pintura
Percepções
Na cultura popular · Der Sieg des Glaubens · Triumph des Willens · Hitler: The Last Ten Days · Anmerkungen zu Hitler · Max · Moloch · Hitler: The Rise of Evil · Der Untergang
Família
Eva Braun (esposa) · Alois (pai) · Klara (mãe) · Alois (meio-irmão) · Angela (meio-irmã) · Gustav (irmão) · Ida (irmã) · Otto (irmão) · Edmund (irmão) · Paula (irmã) · William Patrick (sobrinho) · Heinz (sobrinho) · Geli (sobrinha) · Leo (sobrinho) · Blondi (cão)