Pórtico de Otávia

 Nota: Não confundir com o Pórtico de Otávio, construído pelo cônsul Cneu Otávio mais de um século antes.
Pórtico de Otávia
Pórtico de Otávia
Ruínas do pórtico
Pórtico de Otávia
Reconstrução
Tipo Pórtico
Promotor / construtor Augusto
Geografia
País Itália
Cidade Roma
Localização Região IX - Circo Flamínio
Coordenadas

Coordenadas: 41° 53' 33" N 12° 28' 42" E

41° 53' 33" N 12° 28' 42" E
Pórtico de Otávia está localizado em: Roma
Pórtico de Otávia
Pórtico de Otávia

Pórtico de Otávia (em latim: Porticus Octaviae; em italiano: Portico di Ottavia) é um pórtico de Roma construído pelo imperador Augusto (r. 27 a.C.14 d.C.) em nome de sua irmã, Otávia Menor, em algum momento após 27 a.C., no lugar do Pórtico de Metelo, em torno dos templos de Júpiter Estator e Juno Regina.

História

Segundo Dião Cássio teria sido construído após 33 a.C. com os espólios de guerra da Dalmácia, porém esta afirmação deve-se à confusão com o Pórtico de Otávio. Ele foi incendiado em 80 e restaurado, provavelmente por Domiciano (r. 81–96), e novamente após um segundo incêndio em 203 por Sétimo Severo (r. 193–211) e Caracala (r. 198–211).[1]

O Pórtico de Otávia foi adornado com mármore estrangeiro, e conteve muitos trabalhos famosos de arte, sumarizados por Plínio, o Velho.[2] Além dos templos, havia dentro do invólucro uma biblioteca, erigida por Otávia em memória de Marco Cláudio Marcelo, uma cúria, chamada "Cúria de Otávia", e uma escola ou escolas. Se estas eram diferentes partes de um edifício, ou estruturas inteiramente diferentes, é incerto. Foi provavelmente na cúria que se atestou pelo menos uma reunião do senado.[1]

Este pórtico é representado no Plano de Mármore. Incluía uma área retangular, de 118 metros de largura e um pouco mais em comprimento, e consistia de uma colunata formada por uma linha dupla de colunas de granito, com 28 em cada. O eixo principal corria de nordeste para sudoeste, e a entrada principal estava no meio da lateral sudoeste. Esta entrada, da qual restam algumas ruínas, tinha a forma de um pronau duplo, projetando o interior e exterior. Através do fronte de cada pronau, entre os muros laterais, estava quatro colunas coríntias de mármore branco, apoiando um entablamento e um pedimento triangular. O entablamento, o pedimento e duas das colunas do fronte externo ainda existem, e no fronte interior duas colunas e parte de uma terceira, com porções do entablamento e pedimento. Duas das colunas do fronte externo foram substituídas por arcos de tijolo, talvez após o terremoto de 442. Alguns dos antefixos nas extremidades inferiores das telhas de cumeeira ainda existem. Partes de algumas das colunas da colunada sul ainda estão de pé, e alguns de seus capiteis estão construídos nos muros das caras vizinhas.[1]

Localização

Planimetria do Campo de Marte meridional
Teatro de
Marcelo
T. de
Diana
C
T. da
Piedade
T. de Jano
T. de Spes
Templo de
Belona
Templo
de Apolo
Sosiano
Templo de
Júpiter
Estator
Templo de
Juno
Regina
Pórtico de Otávia
Portico
de
Filipo
Portico
de Otávio
Teatro
de Balbo
Cripta
de Balbo
Portico
de Minúcio
T. das
Ninfas
T. de
Ferônia
T. dos
Lares
Permarinos
Cúria de
Pompeu
Portico de
Pompeu
Teatro de
Pompeu
Templo da
Vênus 
Victrix
Templo de
Marte
Santuário
de Hércules
Grande Vigia
Templo de
Castor e Pólux
Ponte
Fabrício
Pórtico dos
Máximos
T. de
Netuno
T. da
Fortuna
Equestre
Anfiteatro de
Estacílio Tauro
(?)


Referências

  1. a b c «Porticus Octaviae» (em inglês). Consultado em 13 de outubro de 2014 
  2. Plínio, o Velho 77, xxxiv.31; xxxv.114, 139; xxxvi.15, 22, 24, 28, 34, 35.

Bibliografia

  • Plínio, o Velho (77 d.C.). História Natural. [S.l.: s.n.]