Templo de Hércules e as Musas

Templo de Hércules e as Musas
Tipo Templo
Construção 34 ou 33 a.C.
Promotor / construtor Lúcio Márcio Filipo (pai) ou
Lúcio Márcio Filipo (filho)
Geografia
País Itália
Cidade Roma
Localização Região VII - Circo Flamínio
Coordenadas

Coordenadas: 41° 53' 36" N 12° 28' 41" E

41° 53' 36" N 12° 28' 41" E
Templo de Hércules e as Musas está localizado em: Roma
Templo de Hércules e as Musas
Hércules e as Musas

O Templo de Hércules e as Musas (em latim: Aedes Herculis Musorum ou Herculis et Musorum) era um templo da Roma Antiga situado no Campo de Marte, em Roma, dedicado a Hércules e as Musas.[1] Foi edificado por Marco Fúlvio Nobilior após sua captura de Ambrácia em 189 a.C. e seu triunfo em 187 a.C., provavelmente por tomar ciência na Grécia que Hércules era um muságeta (condutor de Musas).[2] Para Todd W. Parment, contudo, teria sido edificado entre 187 e 179 a.C.,[1] ano que foi nomeado censor ao lado de Marco Emílio Lépido.[3]

Segundo Macróbio,[4] Plínio, o Velho[5] e Ovídio,[6] Nobilior adicionou ao templo uma cópia dos fastos com notas, provavelmente os primeiros deste tipo, e estátuas das nove Musas e Hércules tocando lira, todas obtidas em Ambrácia. Mário Sérvio Honorato afirma que Nobilior também teria transferida a edícula de bronze das Camenas, anteriormente localizado no Templo da Honra e Virtude, para lá.[7][1] As estátuas do Templo de Hércules são descritas em denários de Quinto Pompônio Musa datáveis de 64 a.C..[2]

Segundo Suetônio[8] e Ovídio,[9] o templo teria sido reconstruído em 34 ou 33 a.C. por Lúcio Márcio Filipo, o meio-irmão do imperador Augusto (r. 27 a.C.–14 d.C.), após seu triunfo devido a seu mandato bem-sucedido como governador da Hispânia. Para Samuel Ball Platner, contudo, com base em Marcial,[10] o construtor teria sido o pai deste, também chamado Lúcio Márcio Filipo.[11] Ele passou a ser circundado desde este momento pelo Pórtico de Filipo.[1] O templo foi mencionado nos Catálogos Regionais e aparece num fragmento do Plano de Mármore. Uma inscrição descobertas nas imediações esteve provavelmente originalmente no pedestal de alguma das estátuas.[2]

Localização

Planimetria do Campo de Marte meridional
Teatro de
Marcelo
T. de
Diana
C
T. da
Piedade
T. de Jano
T. de Spes
Templo de
Belona
Templo
de Apolo
Sosiano
Templo de
Júpiter
Estator
Templo de
Juno
Regina
Portico
de
Filipo
T. de Hércules
Portico
de Otávio
Teatro
de Balbo
Cripta
de Balbo
Portico
de Minúcio
T. das
Ninfas
T. de
Ferônia
T. dos
Lares
Permarinos
Cúria de
Pompeu
Portico de
Pompeu
Teatro de
Pompeu
Templo da
Vênus 
Victrix
Templo de
Marte
Santuário
de Hércules
Grande Vigia
Templo de
Castor e Pólux
Ponte
Fabrício
Pórtico dos
Máximos
T. de
Netuno
T. da
Fortuna
Equestre
Anfiteatro de
Estacílio Tauro
(?)

Referências

  1. a b c d «Porticus Phillippi» (em inglês). Consultado em 23 de julho de 2015  A referência emprega parâmetros obsoletos |língua3= (ajuda)
  2. a b c Platner 1929, p. 255.
  3. Gorski 2015, p. 91.
  4. Macróbio século V, I.12.16.
  5. Plínio, o Velho século I, XXXV.66.
  6. Ovídio século I a.C., VI.812.
  7. Mário Sérvio Honorato século IV, I.8.
  8. Suetônio século I, 29.5.
  9. Ovídio século I a.C., 6.801-2.
  10. Marcial século I, V.49.11-12.
  11. Platner 1929, p. 428.

Bibliografia

  • Gorski, Gilbert J.; Packer, James E. (2015). The Roman Forum: A Reconstruction and Architectural Guide. [S.l.]: Cambridge University Press. ISBN 0521192447  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)
  • Macróbio (século V). Saturnália. [S.l.: s.n.] 
  • Marcial (século I). Epigramas. [S.l.: s.n.] 
  • Ovídio (século I a.C.). Fastos. [S.l.: s.n.] 
  • Platner, Samuel Ball (1929). A Topographical Dictionary of Ancient Rome. Londres: Oxford University Press 
  • Richardson, L. (1992). A New Topographical Dictionary of Ancient Rome. [S.l.]: JHU Press. ISBN 978-0-8018-4300-6